Морган Райс - Um Grito De Honra стр 12.

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“Se for prostitutas o que você procura, por que não tenta uma das minhas? Elas são simplesmente tão boas quanto as dele e eu cobro a metade do preço.”

Erec olhou para o homem com desprezo, revoltado. Se ele tivesse mais tempo, ele provavelmente iria matá-lo, só para livrar o mundo de alguém assim. Mas ele avaliou melhor o homem e viu que ele não era digno de tanto esforço.

Erec se desvencilhou de sua mão, então se inclinou para perto dele.

“Ponha suas mãos em mim novamente…” Erec advertiu. “… E você vai desejar jamais ter feito isso. Agora, dê dois passos para trás de mim antes que eu encontre um lindo lugar para meter este florete que está em minha mão.”

O estalajadeiro olhou para baixo, arregalou os olhos com medo e deu vários passos para trás.

Erec virou-se e saiu da sala, acotovelando e empurrando os clientes para fora do seu caminho, ao atravessar a porta dupla. Ele nunca tinha estado tão enojado com a humanidade.

Erec montou em seu cavalo, o qual antes estava empinando e bufando para alguns transeuntes bêbados que estavam, sem dúvida, de olho nele. Erec calculou que tinham intenções de tentar roubá-lo. Ele se perguntou se eles teriam realmente tentado roubar o cavalo se ele não tivesse retornado antes. Erec recordou a si mesmo que ele deveria amarrar seu cavalo com mais segurança, da próxima vez. Ele estava perplexo com os vícios daquela cidade. Ainda assim, seu cavalo, Warkfin, era um cavalo de batalha bastante bravo e se alguém tentasse roubá-lo, ele iria pisoteá-lo até a morte.

Erec apertou Warkfin com os calcanhares e eles avançaram pela rua estreita, Erec fazia todo o possível para evitar as multidões de pessoas. Era tarde da noite, mas as ruas pareciam tornar-se cada vez mais apinhadas com as massas humanas, pessoas de todas as raças se misturavam ali. Vários clientes bêbados gritaram para Erec enquanto ele passava por eles muito rapidamente, mas ele não se importou. Ele podia sentir que Alistair estava ao alcance e nada iria detê-lo até que ele a tivesse de volta.

A rua terminava em uma parede de pedra e o último prédio à direita era uma taverna com paredes inclinadas de barro branco a ponto de ruir e um telhado de palha que parecia já ter visto melhores dias. A julgar pela aparência das pessoas que entravam e saíam dela, Erec deduziu que aquele era o lugar certo.

Erec desmontou, amarrou seu cavalo a um poste com total segurança e irrompeu pela porta. Quando ele entrou, parou no meio do caminho, surpreso.

O local estava mal iluminado, era uma grande sala com algumas tochas nas paredes e um fogo morrendo na lareira num canto mais distante. Havia tapetes espalhados por toda parte, sobre os quais estavam deitadas dezenas de mulheres seminuas, elas estavam atadas entre si e às paredes com grossas cordas. Todas elas pareciam estar drogadas. Erec podia sentir o cheiro do ópio no ar e viu um cachimbo que estava sendo passado ao redor. Alguns homens bem vestidos caminhavam pela sala, chutando e empurrando os pés das mulheres aqui e ali, como se estivessem testando a mercadoria e decidindo o que comprar.

No canto mais distante da sala estava um homem em uma pequena cadeira de veludo vermelho, vestindo um robe de seda, havia mulheres acorrentadas a ambos os lados dele. De pé, atrás dele, havia homens enormes, musculosos, com os rostos cobertos de cicatrizes, mais altos e mais largos do que o próprio Erec. Eles pareciam encantados com a possibilidade de matar alguém.

Erec analisava a cena e percebia exatamente o que estava acontecendo: aquele lugar era um antro de sexo, aquelas mulheres eram garotas de aluguel e o homem no canto era o cafetão, o homem que tinha lhe arrebatado Alistair e que provavelmente tinha feito o mesmo com todas aquelas mulheres também. Erec percebeu que até mesmo Alistair podia estar naquela sala, naquele exato momento.

Ele entrou em ação, percorrendo freneticamente os corredores repletos de mulheres e examinando todos os seus rostos. Havia várias dezenas de mulheres naquela sala, algumas delas desmaiadas. A penumbra do lugar era tanta que era difícil identificar alguém. Ele olhava um rosto após o outro, andando entre as filas de mulheres, quando de repente, a palma de uma mão enorme bateu no seu peito.

“Você já pagou?” Disse uma voz resmungona.

Erec olhou para cima e viu um homem enorme e carrancudo de pé, diante dele.

“Quer olhar para as mulheres? Então pague.” O homem disse com sua voz grave. “Essas são as regras.”

Erec devolveu-lhe um olhar de desprezo, sentindo um ódio subindo dentro dele, e, em seguida, mais rápido do que o homem pudesse piscar, ele estendeu a mão e golpeou fortemente a traqueia dele com a palma da mão. O homem ficou sufocado e arregalou os olhos, em seguida, caiu de joelhos, apertando sua garganta. Erec estendeu a mão e deu-lhe uma cotovelada na têmpora, logo, o homem caiu de cara no chão.

Erec caminhou rapidamente entre as fileiras, de mulheres examinando os rostos e buscando desesperadamente Alistair, mas ela não estava à vista. Ela não estava ali.

O coração de Erec martelava, ele correu para o canto da sala, para o homem mais velho que estava sentado no canto olhando por cima de tudo.

“Encontrou algo que lhe agrade?” Perguntou o homem. “Algo que deseja leiloar?”

“Eu estou procurando uma mulher.” Erec começou a falar com sua voz fria como o aço, tentando manter a calma. “… E eu vou dizer isso apenas uma vez. Ela é alta, com longos cabelos loiros e olhos azuis esverdeados. O nome dela é Alistair. Ela foi trazida de Savária há um ou dois dias atrás. Disseram-me que ela foi trazida para cá. É verdade?”

O homem balançou lentamente a cabeça, sorrindo.

“Eu lamento que a propriedade que você procura já tenha sido vendida.” O homem disse. “Um belo exemplar, deveras. Você tem bom gosto. Escolha outra, e eu lhe darei um bom desconto.”

Erec franziu o cenho, sentindo uma raiva dentro dele diferente de tudo que ele já havia sentido.

“Quem a levou?” Erec rosnou.

O homem sorriu.

“Minha nossa, você parece obcecado por essa escrava em particular.”

“Ela não é uma escrava.” Erec rosnou. “Ela é minha esposa.”

O homem olhou para ele chocado, então de repente jogou a cabeça para trás e deu uma gargalhada.

“Sua esposa! Essa é boa. Já não mais, meu amigo. Agora ela é o brinquedinho de outro.” Então o rosto do cafetão ficou sombrio e fechou-se em uma carranca malvada quando ele fez um gesto para seus capangas e ordenou:

– Agora, livrem-se deste pedaço de lixo.

Os dois homens musculosos vieram para a frente com uma velocidade que surpreendeu Erec, ambos se lançaram de uma vez sobre ele estendendo a mão para agarrar o seu peito.

Mas eles não tinham ideia de quem eles estavam atacando. Erec era mais rápido do que os dois, ele os esquivou, agarrou o pulso de um deles e dobrou seu braço até que o homem caiu de costas no chão, tudo isso ao mesmo tempo em que dava uma cotovelada na garganta do outro. Erec adiantou-se e esmagou a traquéia do homem que estava derrubado no chão, então ele inclinou-se para frente e deu uma cabeçada no outro homem que ainda estava com as mãos na garganta, deixando-o fora de combate também.

Os dois homens jaziam ali inconscientes, Erec passou por cima de seus corpos indo ao encontro do estalajadeiro, que agora estava balançando na cadeira com os olhos arregalados de medo.

Erec estendeu a mão, agarrou o homem pelos cabelos, puxou a cabeça dele para trás e pressionou um punhal contra sua garganta.

“Diga-me onde ela está e talvez eu deixe você vivo.” Erec rosnou.

O homem gaguejou.

“Eu vou dizer, mas você está perdendo seu tempo.” Ele respondeu. “Eu a vendi para um lorde. Ele tem sua própria força de cavaleiros e vive em seu próprio castelo. Ele é um homem muito poderoso. Seu castelo nunca foi invadido. E, além disso, ele tem um exército inteiro a sua disposição. Ele é um homem muito rico e tem um exército de mercenários dispostos a fazer sua vontade em qualquer momento. Qualquer garota que ele compra, ele a mantém. Não há nenhuma maneira de que você a liberte. Então, volte para o lugar de onde você veio, seja ele qual for. Ela se foi.”

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