Duncan não pôde deixar de sorrir, assimilando a adulação, o sentimento de orgulho que essas pessoas tinham ao ganhar a sua liberdade de volta, uma sensação dque ele entendia muito bem. Ele olhou para Kavos e Bramthos, Anvin e Arthfael e Seavig e todos os seus homens. Viu-os radiantes também, exultantes, deleitando-se neste dia que ficaria escrito nos livros de história. Era uma memória com que todos iriam ficar para o resto das suas vidas.
Todos eles marcharam pela capital, passando praças e pátios, virando para baixo em ruas que Duncan conhecia tão bem de todos os anos que tinha passado ali. Eles contornaram uma curva e Duncan olhou para cima. O seu coração acelerou ao ver o edifício do capitólio de Andros, com a sua cúpula dourada a brilhar ao sol, com as suas enormes portas em arco douradas, tão imponente como sempre, com a sua fachada de mármore branco brilhante, gravada, tal como ele se lembrava, com os antigos escritos dos filósofos de Escalon. Este foi um dos poucos edifícios da Pandesia que não tinha sido tocado e Duncan sentiu-se orgulhoso ao vê-lo.
No entanto, ele também sentiu um buraco no estômago; ele sabia que à espera dele lá dentro estariam os nobres, os políticos, os membros do conselho de Escalon, os homens da política, dos regimes, homens que ele não entendia. Eles não eram soldados, nem lordes da guerra, mas sim homens da riqueza, do poder e da influência que tinham herdado dos seus antepassados. Eram homens que não mereciam exercer o poder, mas ainda assim, homens que, de alguma forma, ainda detinham um pulso de ferro em Escalon.