Блейк Пирс - A Espera стр 10.

Шрифт
Фон

Lembrou-se o que Ryan dissera sobre um desses episódios…

“Estás-me a dizer que o tipo do FBI – Crivaro – entrou em jogos mentais contigo? Porquê? Só pelo divertimento?”

É claro que Riley sabia que Crivaro não o fizera só por “divertimento”.

Ele levara aquilo muito a sério. Aquelas experiências tinham sido absolutamente necessárias.

Tinham ajudado a apanhar o assassino.

Mas em que é que estou metida agora? Interrogou-se Riley.

Crivaro parecia estar a ser deliberadamente críptico.

Quando estacionou o carro com casas de um lado e um campo aberto do outro, Riley viu alguns carros de polícia e uma carrinha oficial estacionados nas imediações.

Antes de saírem do carro, Crivaro disse-lhe…

“Agora não se esqueça das regras. Não toque em nada. E não fale a não ser que lhe dirijam a palavra. Está aqui apenas para observar os outros a trabalhar.”

Riley anuiu. Mas algo na voz de Crivaro fê-la suspeitar que ele esperava algo mais dela do que apenas passividade.

Ela gostava de saber o que seria.

Riley e Crivaro saíram do carro e caminharam na direção do campo. Tinha imensos destroços espalhados como se ali tivesse decorrido algum grande acontecimento público.

Havia outras pessoas no local, algumas de uniforme, junto a um aglomerado de árvores e arbustos. Uma vasta área à sua volta estava circunscrita com fita amarela.

Quando Riley e Crivaro se aproximaram do grupo, ela apercebeu-se que os arbustos escondiam algo que se encontrava no chão.

Riley nem acreditou no que viu.

E novamente foi acometida por uma intensa náusea.

Deitado no chão estava um palhaço de circo morto.

CAPÍTULO SETE

Riley sentiu-se tão tonta que temeu desmaiar.

Conseguiu manter-se de pé, mas depois começou a ter a sensação de vómito tal como tivera no apartamento.

Isto não pode ser verdade, Pensou.

Isto tem que ser um pesadelo.

Os polícias e outras pessoas estavam à volta do corpo vestido com um fato de palhaço. O fato era inchado e colorido com grandes pompons no lugar de botões. Um par de sapatos enormes completava o traje.

O duro rosto branco tinha um sorriso bizarro pintado, um nariz vermelho, olhos e sobrancelhas exagerados. O rosto era emoldurado por uma grande peruca vermelha. Uma lona encontrava-se ao lado do corpo.

Ocorreu a Riley que o corpo seria de uma mulher.

Agora que começava a recuperar do choque inicial, reparou num cheiro evidente e desagradável no ar. Ao observar a área, duvidou que o odor viesse do corpo – ou pelo menos não a sua totalidade. Havia lixo espalhado por todo o lado. O sol da manhã fazia sobressair o cheiro de vários tipos de resíduos humanos.

Um homem com um casaco branco estava ajoelhado junto ao corpo, estudando-o cuidadosamente. Crivaro apresentou-o como sendo Victor Dahl, o médico-legista de DC.

Crivaro abanou a cabeça e disse a Dahl, “Isto ainda é mais estranho do que eu estava à espera.”

Levantando-se, Dahl disse, “Pois é, estranho. E é tal como a última vítima.”

Riley pensou…

A última vítima?

“Acabei de ser informado há pouco,” Disse Crivaro a Dahl e aos polícias. “Talvez possam colocar a minha estagiária a par do que se passa. Eu próprio não tenho conhecimento de todos os detalhes deste caso.”

Dahl olhou para Riley e hesitou durante um momento. Riley perguntou-se se pareceria tão agoniada como se sentia. Mas então o médico-legista começou a explicar.

“Na manhã de sábado, foi encontrado um corpo no beco atrás de um cinema. A vítima era uma jovem mulher chamada Margo Birch – e estava vestida e maquilhada de forma muito semelhante a esta vítima. A polícia calculou que se tratasse de um homicídio estranho, mas único. E foi quando este corpo apareceu a noite passada. Outra jovem mulher pintada e vestida desta fora.”

Então Riley percebeu. Não se tratava de um palhaço de verdade. Era uma mulher normal vestida de palhaço. Duas mulheres tinha sido vestidas e maquilhadas desta forma bizarra, e assassinadas.

Crivaro acrescentou, “E foi aí que se tornou num caso do FBI e nós fomos chamados.”

“Exatamente,” Disse Dahl, olhando à sua volta para os destroços espalhados pelo campo. “Decorreu uma festa de carnaval aqui durante alguns dias. Saiu no sábado. É daí que vem todo este lixo – o campo ainda não foi limpo. Ontem à noite, um homem da vizinhança veio para aqui com um detetor de metais à procura de moedas. Encontrou o corpo que estava coberto por aquela lona na altura.”

Riley virou-se e viu que Crivaro a observava com atenção.

Estaria apenas a certificar-se de que ela não faria nada de errado?

Ou estaria ele a monitorizar as suas reações?

Riley perguntou, “Esta mulher foi identificada?”

Um dos polícias disse, “Ainda não.”

Crivaro acrescentou, “Estamos concentrados numa participação de pessoa desaparecida em particular. Ontem de manhã, uma fotógrafa profissional chamada Janet Davis foi dada como desaparecida. Tinha estado a tirar fotografias no Parque Lady Bird Johnson na noite anterior. A polícia pensa que poderá ser ela. O Agente McCune está com o marido neste momento. Talvez nos consiga ajudar a identificá-la.”

Riley ouviu o som de veículos a parar. Olhou e viu que um par de carrinhas de estações de televisão tinha estacionado.

“Raios,” Disse um dos polícias. “Tínhamos conseguido esconder a questão das vestes de palhaço em relação ao outro crime. Será que a devemos cobrir?”

Crivaro soltou um grunhido de aborrecimento ao ver uma equipa de notícias a sair de uma das carrinhas com uma câmara. A equipa apressou-se na direção do campo.

“É demasiado tarde para isso,” Disse ele. “Eles já viram a vítima.”

Quando outros veículos dos meios de comunicação social se aproximaram, Crivaro e o médico-legista mobilizaram os polícias para tentarem manter os jornalistas o mais longe possível da fita amarela.

Entretanto, Riley olhou para a vítima e questionou-se…

Como é que ela morreu?

Não podia perguntar a ninguém naquele momento. Todos estavam ocupados a lidar com os jornalistas que faziam perguntas de forma ruidosa.

Riley inclinou-se cuidadosamente sobre o cadáver, ao mesmo tempo que repetia para si…

Não toques em nada.

Riley viu que os olhos e boca da vítima estavam abertos. Já vira antes aquela mesma expressão de medo.

Lembrava-se demasiado bem do aspeto das suas duas amigas mortas em Lanton. Acima de tudo, lembrava-se da imensa quantidade de sangue no chão dos quartos quando encontrara os corpos.

Mas ali não havia sangue.

Viu o que parecia serem pequenos cortes no rosto e pescoço da mulher, discerníveis debaixo da maquilhagem branca.

Qual o significado daqueles cortes? Não eram suficientemente amplos para terem sido fatais.

Também reparou que a maquilhagem estava aplicada de um modo atabalhoado e estranho.

Ela não se pintou a si própria, Pensou.

Não, outra pessoa o havia feito, talvez contra a vontade da vítima.

Então Riley sentiu uma estranha mudança na sua consciência – algo que não sentia desde aqueles dias terríveis em Lanton.

Arrepiou-se ao perceber o significado daquela sensação.

Estava a ter acesso à mente do assassino.

Ele vestiu-a assim, Pensou.

Provavelmente vestiu-lhe o fato depois de morta, mas ainda estava consciente quando lhe pintara o rosto. A julgar pelos seus olhos abertos, tivera consciência do que lhe estava a acontecer.

E ele gostara disso, Pensou. Ele gostara do seu terror ao pintá-la.

Riley agora também compreendia o porquê daqueles pequenos cortes.

Ele provocou-a com uma faca.

Ele atormentou-a – fê-la pensar na forma como a ia matar.

Riley ergueu-se. Sentiu outra vaga de náusea acompanhada de uma tontura e quase caiu, mas alguém a agarrou pelo braço.

Virou-se e viu que Jake Crivaro a impedira de cair.

Ваша оценка очень важна

0
Шрифт
Фон

Помогите Вашим друзьям узнать о библиотеке

Скачать книгу

Если нет возможности читать онлайн, скачайте книгу файлом для электронной книжки и читайте офлайн.

fb2.zip txt txt.zip rtf.zip a4.pdf a6.pdf mobi.prc epub ios.epub fb3