Блейк Пирс - A Espera стр 11.

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Olhava diretamente para os seus olhos. Riley sabia que ele compreendia exatamente o que ela acabara de experimentar.

Numa voz rouca e horrorizada, Riley disse-lhe…

“Ele pregou-lhe um susto de morte. Ela morreu de medo.”

Riley ouviu Dahl soltar um som de surpresa.

“Quem lhe disse isso?” Perguntou Dahl, caminhando na direção de Riley.

Crivaro respondeu-lhe, “Ninguém lhe disse. É verdade?”

Dahl encolheu ligeiramente os ombros.

“Talvez. Ou pelo menos algo semelhante se for como a outra vítima. A corrente sanguínea de Margo Birch estava cheia de anfetaminas, uma dose fatal que fez com que o coração colapsasse. Aquela pobre mulher deve ter vivido momentos de terror mesmo até ao suspiro final. Teremos que fazer exames de toxicologia nesta nova vítima, mas…”

Suspendeu o que ia dizer e então perguntou a Riley, “Como é que soube?”

Riley não fazia ideia do que dizer.

Crivaro disse, “É o que ela faz. É por isso que está aqui.”

Riley estremeceu perante aquelas palavras.

Será que isto é algo em que quero ser boa? Perguntou a si própria.

Pensou se não deveria afinal ter mesmo entregue aquela carta de demissão.

Talvez não devesse estar ali.

Talvez não devesse participar daquilo.

Tinha a certeza de uma coisa – Ryan ficaria horrorizado se soubesse onde ela se encontrava naquele momento e o que estava a fazer.

Crivaro perguntou a Dahl, “Seria muito complicado o assassino ter acesso a esta anfetamina em específico?”

“Infelizmente,” Respondeu o médico-legista, “seria fácil comprá-la na rua.”

O telefone de Crivaro tocou. Olhou para o visor. “É o Agente McCune. Tenho que atender.”

Crivaro afastou-se para atender a chamada. Dahl continuou a olhar para Riley como se ela fosse alguma espécie de aberração.

Talvez tenha razão, Pensou.

Entretanto, Riley conseguia ouvir algumas das perguntas que os jornalistas colocavam.

“É verdade que o assassinato de Margo Birch foi igual a este?”

“Margo Birch estava vestida e pintada da mesma forma?”

“Porque é que o assassino veste as suas vítimas como palhaços?”

“Trata-se de um assassino em série?”

“Haverá mais crimes semelhantes?”

Riley lembrou-se do que um dos polícias acabara de dizer…

“Tínhamos conseguido esconder a questão das vestes de palhaço em relação ao outro crime.”

Era óbvio que os rumores já circulavam ainda assim. E agora não havia forma de esconder a verdade.

A polícia tentava dizer o mínimo possível em resposta às perguntas. Mas Riley recordava-se da agressividade dos jornalistas em Lanton. Ela compreendia porque é que Jake e a polícia não estavam satisfeitos com o aparecimento dos jornalistas. A publicidade não ia facilitar o seu trabalho.

Crivaro voltou para junto de Riley e Dahl ao mesmo tempo que guardava o telemóvel no bolso.

“O McCune acabou de falar com o marido da mulher que desapareceu. O pobre coitado está muito preocupado, mas disse ao McCune algo que pode ser útil. Ele disse que ela tem um sinal atrás da orelha direita.”

Dahl baixou-se e espreitou atrás da orelha da vítima.

“É ela,” Disse ele. “Como é que disse que ela se chamava?”

“Janet Davis,” Disse Crivaro.

Dahl abanou a cabeça. “Bem, pelo menos temos a identificação da vítima. Já a podemos retirar daqui. Gostava que não tivéssemos que lidar com o rigor mortis.”

Riley observou a equipa de Dahl a transportar o corpo para uma maca. Era um esforço desastrado. O corpo estava rígido como uma estátua e os membros estendidos em todas as direções, mostrando-se debaixo do lençol branco que os cobria.

Também estupefactos, os jornalistas olhavam fixamente para a maca que atravessava o campo na direção da carrinha do médico-legista com a sua grotesca carga.

Quando o corpo foi colocado na carrinha, Riley e Crivaro passaram pelos jornalistas e dirigiram-se ao seu veículo.

Quando Crivaro arrancou, Riley perguntou para onde iam de seguida.

“Para a sede,” Disse Crivaro. “O McCune disse-me que alguns polícias estavam a fazer buscas no Parque Lady Bird Johnson onde Janet Davis desapareceu. Encontraram a máquina dela. Deve tê-la deixado cair quando foi raptada. A máquina encontra-se agora na sede do FBI. Vamos ver o que é que o pessoal da tecnologia descobriu. Talvez tenhamos sorte e nos dê alguma pista.”

Aquela palavra ressoou de forma estranha a Riley…

“Sorte.”

Parecia uma palavra estranha de se usar quando se estava a falar de algo tão singularmente desafortunado como o assassinato de uma mulher.

Mas a intenção de Crivaro fora literal. Riley começou a pensar no quanto aquele trabalho o endurecera ao longo dos anos.

Estaria ele completamente imune ao horror?

Não conseguia perceber pelo seu to de voz enquanto prosseguia…

“E o marido de Janet Davis deixou o McCune ver as fotos que ela tirara nos últimos meses. O McCune encontrou algumas fotos que ela tirou numa loja de disfarces.”

Riley ficou interessada naquela dica.

Perguntou, “Quer dizer o tipo de loja que poderá vender fatos de palhaço?”

Crivaro anuiu. “Parece interessante, não é?”

“Mas o que é que significa?” Perguntou Riley.

Crivaro disse, “É difícil dizer para já – exceto que Janet Davis estava suficientemente interessada em disfarces para querer tirar fotos deles. O marido recorda-se dela falar sobre isso, mas não disse onde tirara as fotos. O McCune está neste momento a tentar localizar a loja onde as fotografias poderão ter sido tiradas. Ele depois liga-me. Não deve demorar muito tempo.”

Crivaro calou-se por um momento.

Depois olhou para Riley e perguntou, “Como é que se está a aguentar?”

“Bem,” Disse Riley.

“Tem a certeza?” Perguntou Crivaro. “Parece pálida, como se não se estivesse a sentir bem.”

É claro que era verdade. Uma combinação de enjoo matinal e o choque pelo que acabara de ver, tinham-na afetado. Mas a última coisa no mundo que queria dizer a Crivaro era que estava grávida.

“Estou bem,” Insistiu Riley.

Crivaro disse, “Presumo que teve alguma sensação relacionada com o assassino há bocado.”

Riley anuiu em silêncio.

“Devo saber mais alguma coisa – para além da possibilidade dele ter assustado a vítima terrivelmente?”

“Não muito,” Disse Riley. “Exceto que ele é…”

Hesitou, depois encontrou a palavra que procurava para o descrever. “Sádico.”

O silêncio instalou-se novamente e Riley deu por si a lembrar-se do espetáculo do corpo em cima da maca. O terror reapareceu ao pensar que a vítima sofrera tal humilhação e indignidade mesmo na morte.

Perguntou-se que tipo de monstro faria aquilo a alguém.

Por muito que ela tivesse sentido o assassino próximo, Riley sabia que não conseguiria compreender a forma doentia como a sua mente funcionava.

E tinha a certeza que não queria.

Mas seria aquilo que lhe estaria reservado antes do caso estar encerrado?

E depois?

É assim que vai ser a minha vida?

CAPÍTULO OITO

Quando Riley e Crivaro entrara no arejado e fresco Edifício J. Edgar Hoover, Riley ainda se sentia contaminada pelo que vira na cena do crime. Era como se o horror se tivesse infiltrado nos seus poros. Como é que se iria libertar daquilo – sobretudo do odor?

Durante a viagem até ali, Crivaro assegurara a Riley que o odor que encontrara no campo não era do cadáver. Tal como Riley adivinhara, era apenas do lixo deixado espalhado. O corpo de Janet Davis não estava sem vida há tempo suficiente para produzir aquele odor – nem os corpos das amigas assassinadas de Riley em Lanton.

Riley ainda não se deparara com o fedor de um cadáver em decomposição.

Crivaro dissera na viagem…

“Saberá de que se trata quando sentir o odor.”

Não era algo que Riley antecipasse com entusiasmo.

Mais uma vez interrogou-se…

O que é que eu estou aqui a fazer?

Ela e Crivaro entraram no elevador e saíram num piso ocupado por dezenas de laboratórios forenses. Ela seguiu Crivaro por um corredor até chegarem a uma sala com um sinal que dizia “SALAESCURA”. Um jovem de cabelo comprido e magro estava inclinado junto à porta.

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