Danilo Clementoni - Interseção Com Nibiru стр 10.

Шрифт
Фон

Elisa, que esteve escutando em silêncio o discurso de Azakis, engoliu o último pedaço de fígado de Nebir, limpou os lábios com as mãos e então disse baixinho: Não somos todos assim, sabe?

O alienígena olhou-a surpreso, mas ela continuou determinada: São aqueles que estão "no poder" que nos reduziram a esse estado. Muitas pessoas normais lutam todos os dias para proteger o meio ambiente e as formas de vida que habitam nosso querido planeta. É fácil vir aqui, de milhões de quilômetros, depois de milhares de anos e moralizar. Vocês podem nos ter dado inteligência, mas não nos deixaram nem um pedaço do manual de instruções!

Jack a olhou e percebeu que estava perdidamente apaixonado por aquela mulher.

Azakis não tinha palavras. Ele certamente não esperava uma reação como aquela. Elisa, no entanto, continuou desimpedida: Se realmente querem nos ajudar, devem disponibilizar todo o seu conhecimento tecnológico, médico e científico, o mais rápido possível, pois certamente não ficarão neste planeta devastado por muito tempo.

Ok, ok. Não fique tão transtornada Azakis tentou responder. Acho que nos colocamos à sua disposição, sem hesitar, ou não?

Sim, eu sei. Desculpe-me... Vocês já poderiam ter levado o seu plástico e ido embora sem dizer adeus, e em vez disso, estão aqui, arriscando suas vidas, junto de nós.

Elisa estava realmente arrependida pelo desabafo. Então, para acalmar um pouco a situação, exclamou alegremente: Mas a comida estava deliciosa! Então, aproximou-se do alienígena e olhando acima para ele, disse delicadamente: Desculpe, não deveria ter dito isso.

Não se preocupe, compreendo totalmente e para mostrar que não guardo rancor, lhe darei isto.

Elisa abriu a sua mão e Azakis lhe entregou um pequeno objeto escuro.

Obrigada, mas o que é isso? perguntou, curiosa.

É a solução para seus problemas com o plástico.

Nassíria O jantar

Depois que o Senador encerrou a conversa abruptamente, os três ficaram olhando o monitor, que mostrava desenhos abstratos e multicoloridos se mesclando continuamente.

E agora? perguntou o sujeito magro e alto, interrompendo aquela hipnose coletiva.

Tenho uma ideia respondeu o grandalhão. Já faz algum tempo que comemos e estou vendo hambúrgueres por toda parte.

E onde pensa que vamos encontrar hambúrguer agora?

Não tenho a menor ideia, mas sei que se eu não comer algo logo, vou desmaiar.

Ah, coitadinho, ele vai desmaiar disse o magrelo com uma voz infantil. Então mudou seu tom: Com todos esses pneus de gordura, poderia passar um mês sem comer.

Ok, parem os dois com essa idiotice exclamou o General, irritado. Precisamos elaborar um plano de ação.

Mas não consigo raciocinar de estômago vazio disse baixinho, o gordão.

Está bem então, Campbell exclamou, erguendo as mãos, derrotado. Vamos arranjar comida. E bolar um plano depois, pois temos bastante tempo até o Senador chegar.

Assim é que se fala, General exclamou o gordão alegremente. Conheço um restaurante razoável onde fazem um fantástico guisado de cordeiro com batatas, cenouras e ervilhas ao molho curry.

Bem, confesso que depois dessa descrição detalhada, também fiquei com um pouco de fome disse o magrelo, esfregando as mãos rapidamente.

Muito bem, me convenceu disse o General, erguendo-se da cadeira. Vamos andando, mas com cuidado para não sermos pegos. Duvido que já saibam, mas, para todos os efeitos, sou um fugitivo.

E nós dois também não somos? respondeu o magrelo. Fugimos do acampamento e com certeza vão procurar por nós em todo lugar. Mas, por ora, não importa.

Alguns minutos depois, um carro escuro levando três sujeitos suspeitos acelerou noite adentro pelas ruas semidesertas da cidade, levantando uma leve nuvem de poeira.

É aqui, chegamos disse o grandalhão, que estava no banco de trás. Está um pouco tarde, mas eu conheço o dono. Não haverá problemas.

O magrelo, que estava dirigindo, procurou um lugar fora de vista para estacionar. Deu uma volta no quarteirão e então estacionou debaixo do telhado de um barraco abandonado. Rapidamente saiu do carro e observou cautelosamente toda a redondeza, muito atento. Não havia ninguém por perto.

Deu uma volta pelo carro, abriu a porta do passageiro e disse: Tudo quieto, General. Podemos ir.

O grandalhão também saiu do carro e avançou com passos rápidos em direção à entrada principal do estabelecimento. Tentou girar a maçaneta, sem sucesso. A porta estava trancada, e uma luz estava acesa dentro. Então tentou espiar pelo vidro, mas a grossa cortina colorida não lhe permitia entrever muita coisa. Sem perder mais tempo, começou a bater vigorosamente e não parou até ver um homenzinho, de cabelo enrolado e negro, surgir por detrás da cortina.

Mas quem diabos... o homenzinho começou a exclamar numa voz irritada, e quando reconheceu o amigo corpulento, parou no meio da frase e abriu a porta.

Ah, é você. Que faz aqui a essa hora da noite? E quem são esses homens?

Olá, seu velho gatuno, como vai? São meus amigos e estamos famintos.

Mas o restaurante está fechado, já fiz a limpeza na cozinha e estava indo embora.

Acho que este outro amigo meu vai te convencer e abanou um nota de cem dólares na frente do seu nariz.

Bem, na verdade Devo dizer que vai respondeu o homenzinho, arrancando a cédula da mão do gordo e fazendo-a sumir dentro do bolso da camisa. Por favor, entrem disse, escancarando a porta e curvando-se levemente ao mesmo tempo. Depois de rápidos olhares para trás para checar se alguém estava observando, os três, um após o outro, se esgueiraram para dentro do pequeno restaurante.

Havia dois cômodos que não pareciam estar particularmente bem cuidados. O chão era feito de lajes ásperas e escuras. No cômodo maior, três mesas baixas e redondas, cada uma sobre um tapete velho desbotado, estavam rodeadas de almofadas, também um pouco surradas. Porém, no outro cômodo, a decoração era mais ocidental, e bem mais aconchegante. Cortinas enormes em tons quentes cobriam as paredes. A iluminação era suave e o ambiente definitivamente muito mais acolhedor. Duas mesas pequenas já estavam preparadas, prontas para os fregueses do dia seguinte. Cada uma tinha uma toalha de mesa verde escura, com bordados multicoloridos, guardanapos da mesma cor, pratos marcadores de porcelana com bordas prateadas, garfos à esquerda, facas e colheres à direita, e no centro, uma longa vela amarela escura num pequeno castiçal de pedra negra.

Podemos passar para lá? perguntou o grandalhão, apontando o cômodo menor, com a enorme mão direita.

Sem responder, o homenzinho de cabelo enrolado foi ao cômodo menor, empurrou junto as duas mesas e arrumou as cadeiras, e então com uma reverência e um grande gesto teatral, disse: Por favor, sentem-se, senhores, estarão mais confortáveis aqui.

Os três se sentaram à mesa e o grandalhão disse: Faça seu prato especial e enquanto isso traga-nos três cervejas Então, sem deixá-lo responder, acrescentou: E não faça manha. Sei que tem várias caixas de cerveja escondidas por aí.

O General esperou o dono desaparecer para dentro da cozinha, e então retomou a conversa que tiveram há pouco. O Senador é impiedoso. Devemos ser cautelosos. Se algo der errado, ele não hesitará em contratar alguém para se livrar de nós.

Ваша оценка очень важна

0
Шрифт
Фон

Помогите Вашим друзьям узнать о библиотеке

Скачать книгу

Если нет возможности читать онлайн, скачайте книгу файлом для электронной книжки и читайте офлайн.

fb2.zip txt txt.zip rtf.zip a4.pdf a6.pdf mobi.prc epub ios.epub fb3

Популярные книги автора