“Pronto”, Emily disse, agarrando o próprio pulso. “Quanto eu lhe devo?”
Eric apenas balançou a cabeça. “Está tudo pago”, ele replicou.
“Pago por quem?” Emily perguntou.
“Alguém”, Eric respondeu, evasivo. Ele claramente se sentia desconfortável ao ser pego nesta situação estranha. Quem quer que tivesse pago a ele para vir e abastecer a casa dela com óleo deve ter pedido para manter tudo em segredo, e a situação toda estava lhe fazendo se sentir estranho.
“Certo, então”, Emily disse. “Se você está dizendo”.
Internamente, ela resolveu descobrir quem havia feito aquilo, e pagá-lo de volta.
Eric apenas deu um aceno brusco com a cabeça, então, dirigiu-se às escadas. Emily o seguiu rapidamente, sem querer ficar sozinha no porão. À medida que subia os degraus, ela notou que seus passos estavam mais leves.
Ela levou Eric até a porta.
“Muito obrigada mesmo”, ela disse, da maneira mais sincera que pôde.
Eric não disse nada, apenas deu a ela um olhar de despedida, e então saiu para empacotar suas coisas.
Emily fechou a porta. Sentindo-se exultante, ela correu para o andar de cima, para a cama principal, e pôs a mão no aquecedor. Certamente, o calor estava começando a se espalhar pelos canos. Ela estava tão feliz que nem ligou para a forma como eles faziam barulho, batendo e estalando, os sons ecoando pela casa.
*
À medida que o dia passava, Emily se deliciava com a sensação de estar aquecida. Ela ainda não havia percebido completamente o quão desconfortável estava desde que saiu de Nova York, e esperava que um pouco do mau-humor que havia jogado em Daniel não tinha sido causado em parte por esse desconforto.