Блейк Пирс - Perdidas стр 9.

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Mas de repente, esse sentimento evaporou-se ao sentir o peso da arma nas suas mãos.

Respirou e disparou, respirou e disparou, mais quatro vezes até não haver mais munições.

Riley carregou num botão que trouxe o alvo de papel até junto deles.

“Nada mal para uma primeira vez,” Disse Riley.

De facto, Blaine pôde ver que aquelas últimos quatro tiros tinham atingido a forma humana.

Mas percebeu que o seu coração batia com força e que estava avassalado por uma estranha mistura de sentimentos.

Um desses sentimentos era o medo.

Mas medo de quê?

Poder, Percebeu Blaine.

O sentimento de poder nas suas mãos era espantoso, algo diferente de tudo o que jamais sentira.

Sentia-se tão bem que ficou assustado.

Riley mostrou-lhe como abrir o cilindro e retirar as munições vazias.

“Chega por hoje?” Perguntou Riley.

“Nem penses,” Disse Blaine sem fôlego. “Quero que me ensines tudo o que há para saber sobre esta coisa.”

Riley sorriu-lhe enquanto Blaine recarregava a arma.

Ainda sentia o seu sorriso ao apontar para outro alvo.

Entretanto ouviu o telemóvel de Riley tocar.

CAPÍTULO SETE

Quando o telemóvel de Riley começou a tocar, os últimos tiros de Blaine ainda lhe soavam nos ouvidos. De forma relutante, pegou no telemóvel. Esperava ter uma manhã sem interrupçoes com Blaine. Quando olhou para o telemóvel soube que estava prestes a ficar desiludida. A chamada era de Brent Meredith.

Estava surpreendida com o quanto se divertira a ensinar Blaine a disparar a sua nova arma. O que quer que Meredith quisesse, Riley tinha a certeza de que ia interromper o melhor dia que tivera desde há muito tempo.

Mas não tinha alternativa que não fosse atender a chamada.

Como habitualmente, Meredith foi brusco e direto ao assunto.

“Temos um novo caso. Precisamos de si. Quanto tempo demora a chegar a Quantico?”

Riley conteve um suspiro. Com Bill de licença, Riley esperava que decorresse mais algum tempo após a morte de Lucy.

Nem por sombras, Pensou.

Não havia dúvidas de que teria de sair da cidade em pouco tempo. Teria tempo suficiente de ir a casa, ver todos e mudar de roupa?

“Uma hora?” Perguntou Riley.

“Tente chegar em menos tempo. Venha ter comigo ao meu gabinete. E traga a sua mala de viagem.”

Meredith terminou a chamada sem esperar por uma resposta.

Blaine estava à sua espera. Retirou a proteção dos olhos e ouvidos e perguntou, “Alguma coisa relacionada com o trabalho?”

Riley suspirou.

“Sim, tenho que ir para Quantico de imediato.”

Blaine anuiu sem se queixar e descarregou a arma.

“Eu levo-te lá,” Disse ele.

“Não, preciso da minha mala de viagem. E está no meu carro em casa. Tens que me deixar em minha casa e estamos com o tempo contado.”

“Não há problema,” Disse Blaine, colocando cuidadosamente a nova arma na caixa.

Riley deu-lhe um beijo na bochecha.

“Parece que vou deixar a cidade,” Disse ela. “Odeio isso. Diverti-me tannto.”

Blaine sorriu e retribui-lhe o beijo.

“Eu também me diverti muito,” Disse ele. “Não te preocupes. Nós retomamos tudo quando voltares.”

Quando saíram da carreira de tiro e da loja de armas, o dono lançou-lhes um adeus caloroso.

*

Depois de Blaine a deixar em casa, Riley entrou em casa para explicar a todos que teria que se ausentar. Nem teve tempo de mudar de roupa, mas pelo menos tinha tomado banho em casa de Blaine nessa manhã. Estava aliviada por a sua família aceitar a sua súbita mudança de planos.

Estão a acostumar-se a passar sem mim, Pensou. Não tinha a certeza se gostava da ideia, mas sabia que era uma necessidade numa vida como a dela.

Riley verificou que tinha tudo o que precisava no carro e conduziu até Quantico. Quando chegou ao edifício da UAC, dirigiu-se de imediato ao gabinete de Brent Meredith. Para sua consternação, encontrou Jenn Roston a caminhar na mesma direção no corredor.

Riley e Jenn olharam-se por um breve momento, depois prosseguiram os seus caminhos em silêncio.

Riley perguntou-se se Jenn se sentia tão estranha agora quanto ela. No dia anterior tinham tido uma reunião e Riley ainda não tinha a certeza se tinha cometido um erro ao dar a Jenn a pen.

Mas Jenn provavelmente não estava preocupada com isso, Pensou Riley.

No final de contas, Jenn tivera a preponderância no dia anterior. Ela controlara a situação de forma brilhante para sua própria vantagem. Alguma vez Riley conhecera alguém capaz de a manipular daquela forma?

Rapidamente chegou a uma conclusão – é claro que sim.

Por Shane Hatcher.

Ainda a caminhar e ainda virada para a frente, a agente mais nova falou num tom baixo. “Não resultou.”

“O quê?” Perguntou Riley sem deixar de avançar.

“A informação financeira da pen. O Hatcher tinha fundos guardados nessas contas. Mas o dinheiro foi todo removido e as contas estão encerradas.”

Riley resistiu ao impulso de dizer, “Eu sei.”

No final de contas, Hatcher dissera-o ontem na sua mensagem ameaçadora.

Por um momento, Riley não soube o que dizer. Continuou a caminhar sem falar.

Será que Jenn pensava que Riley a tinha traído dando-lhe um ficheiro falso?

Por fim, Riley disse, “Aquele ficheiro era tudo o que eu tinha. Não lhe estou a esconder nada.”

Jenn não respondeu. Riley desejava saber se ela acreditava em si.

Também se interrogou – se tinha usado aquela informação, poderia Hatcher já estar preso? Ou até morto?

Quando chegaram à porta do gabinete de Meredith, Riley parou, assim como Jenn.

Riley sentiu-se alarmada.

Era óbvio que Jenn também ia ao gabinete de Meredith.

Porque é que a nova agente ia participar naquela reunião? Teria informado Meredith acerca da retenção de informação de Riley?

Mas Jenn limitou-se a estar ali a olhar.

Riley bateu à porta e depois ela e Jenn entraram.

O chefe Meredith estava sentado na sua secretária, parecendo tão intimidante como habitualmente.

Ele disse, “Sentem-se ambas.”

Riley e Jenn sentaram-se em cadeiras em frente à secretária.

Meredith ficou calado durante alguns segundos.

Depois disse, “Agente Paige, Agente Roston – gostava que conhecessem a vossa nova parceira.”

Riley olhou para Jenn Roston, cujos olhos castanho escuros se tinham dilatado com a notícia.

“Espero que isso não seja um problema,” Disse Meredith. “A UAC está sobrecarregada com casos neste momento. Com o Agente Jeffreys de licença e todos os outros envolvidos em casos, vocês calharam uma com a outra. Está arrumado.”

Riley percebeu que Meredith tinha razão. O único outro agente com quem ela quereria trabalhar naquele momento seria Craig Huang, mas ele estava atarefado a vigiar a sua casa.

“Está tudo bem,” Disse Riley a Meredith.

Jenn disse, “Será uma honra trabalhar com a Agente Paige.”

Aquelas palavras surpreenderam Riley um pouco. Interrogou-se se Jenn fora sincera.

“Não fiquem muito entusiasmadas,” Disse ele. “Provavelmente este caso não será da nossa competência. Esta manhã, foi encontrado o corpo de uma adolescente enterrado numa quinta perto de Angier, uma pequena cidade do Iowa.”

“Um único homicídio?” Perguntou Jenn.

“Porque é que isto é um caso para a UAC?” Perguntou Riley.

Meredith tamborilou os dedos na secretária.

“Penso que não será caso único,” Disse ele. “Outra jovem desapareceu da mesma cidade e ainda não foi encontrada. É uma cidade pacata onde estas coisas não acontecem. As pessoas de lá dizem que nenhuma das raparigas era do tipo de fugir ou aproximar-se de estranhos.”

Riley abanou a cabeça.

“Então porque pensam que se trata de um assassino em série?” Perguntou. “Sem outro corpo, é um pouco prematuro falar nessa possibilidade.”

Meredith encolheu os ombros.

“Sim, é essa a minha perspetiva. Mas o chefe da polícia de Angier, Joseph Sinard, está em pânico.”

Riley reconheceu aquele nome.

“Sinard,” Disse ela. “Onde é que já ouvi esse nome?”

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