Patrizia Barrera - Robert Johnson Filho Do Diabo стр 6.

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Mas na verdade um tempo antes artistas menos notáveis tinham tentado de imortalizar Johnson.

Em 1951 Elmore James tinha gravado uma sua (especialíssima) versão de I Believe I dust my broom, que não teve o merecido sucesso, enquanto a já celebríssima Sweet Home Chicago tinha-se tornado o estandarte de muitíssimos Bluesman de excepção, primeiro entre muitos Muddy Waters, que por sua vez teria influenciado os Beatles.

Na verdade, Johnson encarnava uma realidade actualíssima durante os primeiros anos 60 Americanos: a imagem de um anti-herói danado, maldito e obcecado pelo demónio que canta o Blues quadrando-o a partir do interior se bem que harmonizava-se com a natureza revolucionaria da nova geração Americana. Ele nas suas canções grita literalmente a dor existencial de uma sociedade que não encontra mais dentro de si próprio, pontos de referência eficazes e que, com a espasmódica angustia, lança-se para um futuro obscuro e denso de incógnitas.

Se queremos, a produção de Johnson está repleta de mulher, álcool e violência, exactamente como na mais pura tradição blues. Contudo nas suas letras percebe-se o seu forte desgosto por aquilo que ele mesmo narra e do qual não é totalmente orgulhoso. O seu ritmo obsessivo de boogie (estilo de jazz/dança) recém-nascido, a sua voz estridente e nasal, a pausa entre as palavras, a utilização das micro tonalidades e as letras articuladas onde destaca a sua devastação moral, o seu sentir-se um bastardo sem pátria seguido pelos demónios do remorso, efectuaram uma mudança de grande impacto nos músicos da época, afectados pela mesma doença.

Nascidos numa década de bem-estar e saudáveis princípios familiares, os rapazes dos anos 60 sentem-se esmagados por uma sociedade onde a tradição tem o sabor de uniformidade e onde o conceito de Pátria vai demasiadamente de braço dado com a palavra GUERRA. Foi depois o campo de Vietname e a rotura que consegue dar a eles a voz certa; entretanto o mundo exige uma mudança e isso acontece, como regra, através da música. Nasce portanto a geração ROCK.


Fortemente influenciados pelo blues, os Rolling Stones pois tornaram-se ícones vivos de viver o Rock. Os seus concertos entre os anos 60/70 eram recheados de droga, álcool e rituais obscuros. Frequentemente foram protagonistas de rituais pseudo - satânicos e diz-se que foram espectadores impassíveis também de verdadeiros homicídios executados nos seus espectáculos por grupos perturbados.

Ser Rock, na América daquele tempo, equivale a quebrar com os esquemas, refutar a tradição, pôr em discussão as convenções e aspirar a uma sociedade de verdadeira agressão, onde os conceitos da Humanidade e Progresso não sejam palavras escritas no papel. É indicativo portanto, e mesmo natural, que Johnson com a sua música maldita e as suas inovações estilísticas, que pretendiam fazer da guitarra a verdadeira voz da alma, viessem utilizadas como ponto de partida para a construção deste novo mundo. Ainda mais o Satânico Artista, com os seus trechos delirantes e evocativos, as letras onde se auto-define danado, o seu evidente desprezo pelas mulheres e a descrição até bastante particularizada de um estilo de vida degradado e inclinado ao vicio, NÃO PODE não ser um ícone ideal para uma geração que faz da sua atitude de rotura um estilo de vida. E depois, a famosa tríade droga sexo e rock´n roll sobre a qual assentou-se toda uma geração de jovens Americanos entre os anos 60 e 70 não tira disso uma grande lição da Johnsoniana conduta álcool mulheres e Blues?

Nefastamente, posso sugerir que talvés não é tudo ouro o que brilha. Uma das características que tornaram Johnson célebre e lhe deram sempiterna memória foi o seu ritmo exuberante e eclético, muito diferente daquele dos Bluesman do Delta dos anos 30.

Para dar-vos uma ideia, quando Keith Richards escutou pela primeira vez uma das suas gravações, questionou-se: mas quem é o outro guitarrista que toca com ele? uma vez que não se apercebera que Johnson estava sozinho. Isto porque todo trecho mantinha desde o inicio até ao fim um ritmo articulado e veloz, e a voz dissonante e nasal de Johnson tinha o sabor de um verdadeiro grito.

Todavia existem declarações autenticas do Director Executivo da Sony, Berhil Cohen Porter, que venceu um Grammy em 1991 pela reedição das obras de Johnson, relativamente à possibilidade que as

gravações de 1936/1937 pudessem ter sido tornadas mais rápidas, um hábito típico da dupla Okeh /Vacalion, que amavam fazer caprichos semelhantes.

Em 2010 foi John Wilde, no famoso empório musical THE GUARDIAN, a sublinhar que as gravações de Johnson tivessem sido intencionalmente aceleradas para conferir um toque de modernidade ao conjunto.

Difícil dizer realmente em que pé estão as coisas, já que as matrizes originais das 78 rotações de então não existem mais. Mas se isso fosse verdade a música de Robert Johnson, definido o AVÔ DO ROCK, viria talvez reinterpretada.


Comparaçao entre a foto achada em Ebay (a sn) e aquela conclamada de Johnson. São notáveis as enormes diferenças entre as duas. Embora as analises computorizadas sobre a anatomia facial de Johnson tenham confirmado com segurança que ambas as fotos retratam o artista, fica por esclarecer O QUE pudera nele modificar em tão breve tempo a expressão e o somatismo do rosto. Talves... o pacto com o diabo?

Na verdade ele entrou na ROCK N ROLL HALL OF FAME com quatro canções de estreia NÃO Blues mas Rock.De facto com Sweet Home Chicago e Cross Roads Blues de 1936, e Hellhound on my Trail e Love in Vain de 1937.Do outro lado, sem a sua lenda, talvés HOJE o universo da música Rock não seria o mesmo, vista a sua influência sobre os monstros sagrados como Eric Clapton que começou a carreira exactamente na esteira das músicas do maestro; ou os Led Zeppelin que o homenagearam com o fantástico TRAVELING RIVERSIDE BLUES, onde as referencias à música e às letras das canções de Johnson perdem o seu tempo! Em suma, a partir de Jeremy Spencer ao Fletwood Mac e ao Peter Green, América e Inglaterra apertaram-se a mão para consagrar Johnson Maestro Espiritual da nova Era.

O que é seguro. É que Robert Johnson não desfrutou por acaso o seu sucesso e que teve uma morte prematura e sombria. Nem o local da sua sepultura é oficilmente notável e isso alimentou durante anos a lenda de que talvés nunca tenha existido. Mas a mim os mistérios não agradam e procurei descobri-los.


Eis aqui o que descobri para voces...

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