Assuma que é crescidinha e faça o que precisa ser feito, disse a si mesma. Olhou por cima do ombro e sinalizou que ia sair do acostamento. Um homem em um utilitário não estava prestando atenção e cortou a pista ao mesmo tempo, quase batendo nela. Ela pisou no freio e desviou. Sua mão apertou a buzina, que soou, enquanto Elsie amaldiçoava o homem que continuava como se ela não existisse. O carro dela estremeceu quando ela pisou no acelerador.
Não, não, não, seu desgraçado praguejou, dando um suspiro de alívio quando o ferro-velho ganhou velocidade ao invés de morrer na estrada. Um problema evitado.
O fato a levou para o desastre que havia criado em seus sonhos. Talvez fosse um pouco dramático, mas sentia culpa e vergonha por seus desejos. Não era idiota. Aquilo era obra de seu subconsciente trabalhando, agindo de acordo com o que seu corpo começou a desejar no momento em que pôs os olhos em Zander.
Não havia como negar que sentia conexão com ele. A conversa dos dois fluía facilmente e ele era um grande ouvinte. Não era apenas o desejo intenso. Zander era um amigo agora. Na verdade, ela se abriu com ele e Orlando, de um modo que só havia feito com Dalton e Cailyn. Um amigo com algumas vantagens, ronronou seu demônio sexual interior. Seu abismo negro criou garras e perfurou sua parede torácica. Ela estava um desastre.