Ultimamente, você manifestou um grande interesse em relação à s tecnologias multimÃdia. O seu CD-ROM «Xplora 1» despertou um enorme interesse. Como e liga tudo isso à atividade da Real World?
Neste CD-ROM podem ser feitas tantas coisas, entre as quais escolher as músicas de cada um dos artistas clicando na capa do disco. Eu, porém, gostaria de muito mais coisas deste tipo, porque a interatividade é um meio para fazer chegar a música às pessoas que não sabem muito a respeito. No fundo, o que a Real World está tentando fazer é fundir a música tradicional, feita a mão, vamos dizer assim, com as novas possibilidades oferecidas pela tecnologia.
O que quer dizer então, para você, a música rock enfim não basta mais por si mesma, precisa de uma intervenção do ouvinte. Você gostaria que cada um pudesse colocar as mãos no produto - rock?
Não sempre. Eu, por exemplo, a maior parte das vezes ouço música no carro e não quero ter que precisar de uma tela ou de um computador, para poder fazê-lo. Mas, quando me interessa um artista ou quero saber alguma coisa a mais sobre a sua história, de onde vem, o que pensa, então aà é que com o domÃnio da multimÃdia disponho de um material visual que me satisfaz. Enfim, gostaria que todos os CDs tivessem, no futuro, estes dois nÃveis de fruição: ser simplesmente ouvidos ou ser literalmente "explorados". Em âXplora1â, quisemos construir um pequeno mundo dentro do qual as pessoas possam se mover e decidir, tomar decisões interagir com o ambiente e com a música. Dentro do cd, podem ser feitas várias coisas. Como visitar de modo virtual os estudos de registro da Real World, acessar muitos eventos (a premiação do Grammy Awards ou o Womad Festival, entre outros), ouvir músicas de concertos, repercorrer a minha carreira do Genesis ate hoje e, enfim, remixar a gosto as minhas canções.
E também cascavilhar no seu guarda-roupa, sempre de modo virtual, digamos...
à verdade ( ri ). Pode-se também cascavilhar no guarda-roupa de Peter Gabriel!
Tudo isso parece longe anos-luz da experiência dos Genesis. O que restou daqueles anos? Nunca teve vontade, por exemplo, de fazer outra rock-ópera como «The lamb lies down on Broadway»? E tudo superado?
Não é fácil responder. Penso estar ainda interessado em algumas daquelas ideias, mas de um modo diferente. Em certo sentido, aquilo que eu tentava fazer no último perÃodo com os Genesis não é fácil responder. Penso estar ainda interessado em algumas daquelas ideias, mas de modo diferente. De certo modo, aquilo que eu tentava fazer no último perÃodo com os Genesis era ligado ao domÃnio da multimÃdia. Naquele tempo, a sensibilidade do som era limitada pela tecnologia da época. Agora, gostaria de ir ainda mais adiante ao longo deste caminho...
Voltando ao seu empenho polÃtico e humanitário, depois do fim do apartheid, quais são os seus outros projetos neste sentido, as causas de injustiça no mundo contra as quais lutar?
São muitas. Mas, neste momento penso que a coisa mais importante seja ajudar as pessoas a produzir testemunhos. Por exemplo, dar a todos a possibilidade de filmar com uma telecâmera ou dispor de instrumentos de comunicação, como fax, computador, etc. Enfim, acredito que hoje exista a possibilidade de utilizar a tecnologia das redes de comunicação para reforçar a defesa dos direitos humanos.
Muito interessante. Poderia dar um exemplo concreto?
Quero perseguir pequenos objetivos tangÃveis. Por exemplo, transformar a vida de um povoado através destes instrumentos de comunicação: ligações telefônicas, vinte ou trinta computadores e assim por diante. âPacotesâ deste tipo podem ser instalados em qualquer povoado do mundo, na Ãndia, na China, em uma montanha... Assim, no perÃodo de três ou cinco anos poderia-se ensinar à s pessoas daqueles locais como se tornar criadores de informações, gerenciar e tratá-las. Isso permitiria transformar, com um esforço modesto, a economia de muitos paÃses, dando-lhes a possibilidade de passar da economia agrÃcola à quela baseada na informação. Seria, sem dúvida, positivo.
Quais são os seus projetos futuros?
Umas férias ( ri ). Há muitÃssimos meses que estamos em um tour. Paramos algumas vezes, mas acho que preciso me desligar. No tour, existe sempre o estresse do tempo, da viagem... e depois a impossibilidade de praticar esporte. Eu jogo muito tênis, por exemplo. No que se refere ao trabalho, estou pensando em uma outra coisa como o CD-ROM. Por enquanto, acabei o meu novo álbum âSecret World Liveâ, um cd duplo gravado ao vivo no curso, exatamente, deste longuÃssimo tour. Ã, na verdade, um resumo do que eu fiz até hoje, uma espécie de antologia com uma só música que poderia ser definida semi-inédita, âAcross the Riverâ. No fundo, o álbum é também um modo de agradecer à queles que tocaram comigo neste tour massacrante. Dos âhabituésâ como Tony Levin ou David Rhodes à Billy Cobham e Paula Cole, que me acompanharam também para Milão, o primeiro na bateria e o segundo como vocalista.
Tem um desejo, um sonho?
Gostaria que existisse já os Estados Unidos da Europa.
Por quê?
Porque afinal está claro que na economia mundial os paÃses pequenos não podem mais ser importantes. à preciso um organismo que os represente perante o resto do mundo, dos mercados futuros, tutelando a sua identidade cultural. Existe a necessidade de ter uma representação econômica compacta, uma união comercial para sobreviver, para competir principalmente com aqueles lugares onde a mão de obra custa pouco. E depois fazer esta divisão do mundo em dois modelos, o da Europa branca, histórica e aquele dos paÃses pobres a desfrutar. Seria preciso celebrar as diferenças entre as pessoas de cada paÃs, não tentar tornar todos iguais.
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Claudia Schiffer
A mais bela de todas
Foi a mais bonita do mundo, a mais bem paga e, tudo somado, também a mais castigada. «Sou a única modelo da qual nunca se viu nem o seio» declarava orgulhosa. Até o seu contrato bilionário com a Revlon a proibia de mostrar-se sem véus.
Pelo menos até que dois fotógrafos espanhóis da Agência Korpa derrubaram também este baluarte e o mundo inteiro pode admirar o seio perfeito ao vento da famosa Claudia Schiffer. Aquelas fotos rodaram o mundo inteiro e a imprensa internacional deu amplo espaço ao acontecimento . Só o jornal semanal alemão Bunte a colocou na capa vestida. Salvo depois dedicar-lhe, com hipocrisia, muitas páginas internas, com as fotos com os seios desnudos. E a nova Bardot protestou furiosa, anunciando queixas e pedidos de danos astronômicos.