Софи Лав - Para Sempre, com Você стр 6.

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Daniel a puxou para si, como se buscasse conforto e segurança.

“Você está indo bem”, ela disse a ele enquanto descansava a cabeça em seu ombro.

“Acho que não”, ele replicou. “Sinto constantemente como se um desastre fosse acontecer”.

“Isso é natural”, Emily assegurou. “Agora, você é pai. Tem instinto paterno”.

Daniel riu. “Instinto paterno, hã?” ele brincou, parecendo à vontade pela primeira vez desde que saíram da pousada. “É como um sexto sentido?”

Emily assentiu vigorosamente. “Só que mil vezes melhor”.

Enquanto ficavam em silêncio e observavam Chantelle e Serena na barraca de algodão doce, Emily se sentia contente e gloriosamente feliz. Até mais feliz do que achava ser possível.

Então, Serena e Chantelle voltaram saltitando, o rosto da menina grudento de açúcar.

“Experimente um pouco, Emily!” ela exclamou, oferecendo-lhe o algodão doce brilhante e nas cores do arco-íris.

Emily pegou um pedaço, sentindo-se exultante pela menina querer lhe dar um pouco.

“Gostoso!” ela disse, feliz, apesar de estar lutando para segurar suas lágrimas de alegria.

“O papai quer um pouco?” Emily sugeriu, temendo que Daniel se sentisse deixado de fora, ainda que algodão doce com glitter comestível fosse a última coisa que ele quisesse comer.

Chantelle ofereceu timidamente o palito de algodão doce para Daniel. Ele abriu bem a boca, tornando-a exageradamente grande, e então, fez um barulhão enquanto fingia estar dando uma mordida no doce, fazendo bastante ruído enquanto mastigava. Chantelle começou a rir. Era a primeira vez que Daniel relaxava, comportado-se de uma maneira brincalhona com Chantelle. Emily fitou Daniel e levantou as sobrancelhas. Ele sorriu triunfante pela sua conquista.

Quando o desfile começou, a família ficou de pé na calçada, observando os tratores passarem. Todo mundo em Sunset Harbor havia saído para ver o evento e Emily encontrou muitos de seus amigos. Ela não se sentia mais desconfortável aparecendo em público com Daniel e Chantelle. Era o que queria e, se as pessoas desaprovavam, não se importava.

Mas logo quando Emily estava se sentindo bastante confiante, sentiu um tapinha em seu ombro. Ela se virou e uma onda gelada passou pelo seu corpo. Trevor Mann estava parado lá, com seu ar afetado e detestável.

Ele alisou seu bigode. “Estou supreso ao vê-la aqui, Emily”.

Emily cruzou os braços e suspirou, sabendo instintivamente que Trevor ia querer colocá-la para baixo. “Por que, Trevor?” falou secamente. “Diga, por favor. Estou morrendo de curiosidade”.

Trevor deu seu sorriso falso. “Só queria lembrá-la que seu prazo para pagar os impostos atrasados está se esgotando. Só tem até o dia de Ação de Graças para pagar tudo”.

“Estou bem ciente disso”, Emily replicou friamente, mas o lembrete não era nada bem-vindo. Ainda não sabia como arrumar o dinheiro dos impostos.

Observou Trevor se virar e desaparecer, deixando-a fria e assustada.

*

Chantelle parecia ter gostado instantaneamente de Serena, então, Emily a convidou para o jantar. Decidiu fazer uma grande quantidade de fajitas. Queria que Chantelle se sentisse segura e amada, estimulada por atividades interessantes e bem alimentada. Então, enquanto Serena e Chantelle tocavam piano juntas na sala de estar, Daniel e Emily prepararam vários pratos diferentes na cozinha.

“Acho que ela não experimentou nem metade disso”, Daniel disse, enquanto mexia um molho caseiro. “Tomate. Abacate. Tudo provavelmente é novo para ela”.

“Ela não se alimentava bem em casa?” Emily perguntou. Mas sabia a resposta. É claro que não. Sua mãe não podia nem mesmo pagar por um teto para a menina, ou comprar para ela calças suficientes para uma semana; as chances dela alimentar bem Chantelle eram quase nulas.

“A dieta era no estilo salgadinhos e biscoitos”, Daniel replicou, entre os dentes. “Nenhuma rotina. Coma quando estiver com fome”.

Emily podia notar quanta dor ele sentia na maneira como seus ombros ficram tensos, pela forma frenética como amassava os abacates para fazer guacamole, como se não houvesse um amanhã.

Aproximou-se dele e suavemente acariciou seus braços, até a tensão derreter de seus músculos.

“Ela agora tem nós dois”, Emily o acalmou. “Estará sempre limpa. Será alimentada. Está segura. Certo?”

Daniel assentiu. “Só sinto que temos tanto tempo a recuperar. Tipo, poderemos algum dia apagar o que ela passou quando não estava lá para ela?

O coração de Emily afundou no peito. Daniel se sentia realmente responsável pelos anos que não podia controlar? Por todos aqueles meses, semanas e dias em que não pôde amar e cuidar de Chantelle?”

“Podemos”, Emily falou com firmeza. “Você pode”.

Daniel suspirou e Emily percebeu que ele não acreditava completamente naquilo, que suas palavras estavam entrando num ouvido e saindo pelo outro. Levaria tempo antes dele se sentir bem por sua ausência no começo da vida da filha. Ela só esperava que a tristeza dele não a afastasse do pai.

O jantar estava pronto, então, todos foram para a sala de jantar. Na enorme mesa de carvalho escuro, Chantelle parecia minúscula. Seus cotovelos quase não alcançavam a mesa. O cômodo não havia sido decorado para crianças.

“Vou pegar uma almofada para ela”, Serena disse, rindo.

Então, Emily notou que a menina estava chorando.

“Tudo bem, querida”, disse gentilmente. “Sei que está muito baixo, mas Serena vai pegar uma almofada e então você poderá sentar tão alto quanto uma princesa”.

Chantelle balançou a cabeça. Não era isso, mas não parecia conseguir expressar em palavras o que sntia.

“É a comida?” Daniel se preocupou. “Apimentada demais? Comida demais? Não precisa comer tudo. Ou nada. Podemos pedir comida”. Ele se virou para Emily, falando apressado e com angústia. “Por que não pedimos comida?”

Emily levantou as sobrancelhas, como se dissesse para ele se acalmar, para não aumentar a comoção. Então, afastou a cadeira, se levantou e foi até Chantelle, ajoelhando-se ao seu lado.

“Chantelle, pode falar conosco”, disse, da maneira mais suave possível. “Comigo e com seu papai. Estamos aqui por você e não ficaremos com raiva”.

A menina se inclinou e sussurrou. Sua voz era tão baixa que era quase inaudível. Mas Emily conseguiu distinguir as palavras que ela balbuciou, e quando a compreensão abriu caminho pela mente de Emily, uma onda de emoção atingiu seu peito.

“Ela disse que são lágrimas de alegria”, Emily comunicou a Daniel.

Observou o suspiro de alívio passar pelo peito dele, e o brilho de lágrimas em seus olhos.

*

Mais tarde naquela noite, chegou o momento de Emily e Daniel colocarem Chantelle na cama.

“Quero que Emily me ponha na cama”, Chantelle pediu, pegando sua mão.

Emily e Daniel trocaram um olhar. Emily notou pela maneira como ele deu de ombros que estava desapontado em ser excluído.

“Então, diga boa noite ao papai”, Emily a animou.

Chantelle correu até ele e deu um beijo rápido em seu rosto antes de voltar para Emily, onde claramente parecia mais confortável.

De todas as tarefas maternais que Emily teve que realizar nas últimas vinte e quatro horas, aquela era a mais estressante para ela. Acomodou a menina na grande cama com dossel no quarto ao lado da suíte principal, acomodando o ursinho que ganhou no desfile de um lado e Andy Pandy no outro.

“Quer ouvir uma história?” Emily perguntou a Chantelle. Seu pai sempre lia para ela à noite; queria recriar aquela mágica para Chantelle.

A menininha assentiu, seus olhos sonolentos já começando a fechar.

Emily foi até a biblioteca e encontrou sua antiga cópia de Alice no País das Maravilhas. Era um de seus livros favoritos quando era pequena, e quando encontrou o velho e empoeirado volume ao chegar na casa, ficou mais que feliz. Ficou contente em saber que podia dar ao livro uma nova chance na vida e trazer a alegria contida em suas páginas para alguém novo.

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