Морган Райс - Um Voto De Glória стр 13.

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O que saiu de dentro da selva excedia até mesmo as piores expectativas de Thor. Parado ali, diante deles estava um enorme inseto, cinco vezes maior que Thor. Ele se assemelhava a um louva-deus, com as duas patas traseiras e suas duas patas dianteiras menores, as quais balançavam no ar e tinham longas pinças em suas extremidades. Seu corpo era de um verde fluorescente, estava coberto de escamas e possuía pequenas asas que zumbiam e vibravam. Ele tinha dois olhos no topo da cabeça e um terceiro olho na ponta do seu nariz. Ele se aproximou e revelou mais pinças escondidas debaixo de sua garganta, elas vibravam e estalavam.

O inseto ficou ali, elevando-se sobre eles, outra garra saiu de seu estômago, era como um longo braço magro e saliente. De repente, antes que qualquer um deles pudesse reagir, ele estendeu uma garra e pegou O’Connor, suas três garras se estenderam e se enroscaram em torno da cintura dele. A criatura levantou O’Connor no ar, como se ele fosse uma folha.

O’Connor balançou sua espada, mas estava longe de ser rápido o suficiente. A besta sacudiu-o várias vezes e de repente abriu a boca, revelando fileiras de dentes afiados, ela virou O’Connor para o lado e começou a baixá-lo em direção à boca.

O’Connor gritou ao pressagiar uma morte dolorosa e instantânea.

Thor reagiu. Sem pensar, ele colocou uma pedra em sua funda, mirou e atirou-a no terceiro olho do animal, bem na ponta do seu nariz.

Foi um golpe direto. A criatura deu um grito estridente, um barulho horrível, alto o suficiente para rachar uma árvore. Então ela soltou O’Connor, ele deu uma cambalhota no ar e caiu no chão macio da floresta, com um baque.

O animal, enfurecido, logo voltou sua atenção para Thor.

Thor sabia que seria inútil tomar uma posição e lutar contra aquela criatura. Pelo menos um de seus irmãos acabaria morto e provavelmente, Krohn, também. A criatura iria esgotar qualquer preciosa energia que eles tivessem. Thor chegou à conclusão de que talvez eles tivessem invadido o território dela e que se eles pudessem sair dali rápido o suficiente, ela poderia simplesmente deixá-los em paz.

“CORRAM!” Gritou Thor.

Eles se viraram e correram e a criatura começou a persegui-los.

Thor podia ouvir o som das garras do animal, logo atrás deles, cortando o ar e destroçando tudo através da folhagem densa; ele escapou de ter sua cabeça atingida por elas, por uns poucos metros. As folhas despedaçadas voavam pelo ar e caíam como a chuva em torno deles. Todos corriam em uníssono e Thor pensava que se eles pudessem ganhar distância suficiente, encontrariam uma maneira de se refugiar. Se não pudessem fazer isso, então eles teriam de tomar uma medida.

Mas de repente, Reece escorregou ao lado dele, tropeçou em um ramo e caiu de cara na folhagem, Thor sabia que ele não iria se levantar a tempo. Thor parou ao lado deles, puxou a espada e ficou entre Reece e o animal.

“CONTINUEM CORRENDO!” Thor gritou por cima do ombro para os outros, enquanto permanecia ali, pronto para defender Reece.

O animal se lançou para ele, gritando, ele baixou sua garra direto para o rosto de Thor. Thor se abaixou e girou a sua espada ao mesmo tempo, a criatura soltou um grito terrível quando Thor cortou uma de suas garras. Um líquido verde salpicou totalmente Thor, ele olhou para cima e viu com horror que a garra do animal voltou a crescer tão rapidamente como tinha sido perdida. Era como se Thor nunca a tivesse ferido.

Thor engoliu saliva. Aquela seria uma criatura impossível de matar. E agora ele a havia enfurecido.

O animal golpeou com mais um braço que saiu de algum outro lugar de seu corpo e bateu com força nas costelas de Thor, fazendo-o voar e aterrissar em um grupo de árvores. Então, a criatura baixou outra garra para Thor e ele sabia que dessa vez estava em apuros.

Elden, O’Connor e os gêmeos se aproximaram rapidamente e quando a criatura veio pronta para atacar Thor com a outra garra, O’Connor lançou uma flecha em sua boca; a flecha se alojou na parte de trás da garganta dela, fazendo-a gritar. Elden tomou seu machado de duas mãos e desceu-o sobre as costas do animal, enquanto Conven e Conval atiraram suas lanças em cada um dos lados da garganta dela. Reece ficou de pé novamente e enfiou a espada na barriga da criatura. Thor pulou e desferiu sua espada em um dos outros braços do animal, cortando-o. Krohn se juntou a eles, saltando no ar e afundando suas presas na garganta da criatura.

A criatura soltou um grito após outro, todos eles fizeram mais danos do que Thor pensou ser possível. Era incrível para Thor que ela ainda estivesse de pé, com as asas ainda vibrando. Aquele bicho simplesmente não morreria.

Todos eles assistiram com horror, quando a criatura se esticou e começou a tirar as armas que estavam alojadas em seu corpo, uma de cada vez: as lanças, espadas e o machado. Assim que ela terminou de fazer isso, seus ferimentos se curaram diante dos olhos de todos eles.

Aquele monstro era imbatível.

A criatura se inclinou para trás e berrou, todos os irmãos da Legião de Thor olharam para cima, espantados. Todos tinham atacado com tudo o que tinham e nem sequer haviam podido arranhá-la.

A criatura preparou-se para avançar sobre eles novamente, com suas mandíbulas cortantes e suas garras afiadas, Thor percebeu que não havia mais nada que pudessem fazer. Todos iriam morrer.

“FORA DO CAMINHO!” Ouviu-se um grito repentino.

A voz vinha de detrás de Thor e soava como a voz de alguém jovem. Thor se virou e viu um jovem de talvez onze anos, correr atrás deles, carregando o que parecia ser uma jarra com água. Thor se abaixou e o garoto jogou a água, espirrando-a por todo o rosto da criatura.

A criatura se inclinou para trás e gritou, o vapor saía da sua face, chegando até suas garras e dilacerando seu rosto, seus olhos, sua cabeça. Ela gritava uma e outra vez, o barulho era tão alto que Thor teve de tapar os ouvidos.

Por fim, o animal virou-se e saiu correndo de volta para a selva, perdendo-se na vegetação.

Todos eles se viraram e olharam para o garoto com um novo senso de admiração e apreço. Sua roupa estava em farrapos, ele tinha cabelos castanhos e compridos e seus olhos inteligentes eram de um verde brilhante. O garoto estava coberto de sujeira e parecia, a julgar pelos seus pés descalços e suas mãos sujas, que ele vivia por ali.

Thor nunca havia estado tão agradecido a alguém.

“As armas não causam nenhum dano ao Gathorbeast.” O garoto disse com um olhar de descaso. “Vocês tiveram a sorte de que eu estava por perto e ouvi os gritos. Do contrário, todos vocês estariam mortos agora. Vocês não sabem que jamais devem enfrentar um Gathorbeast?”

Thor olhou para seus amigos, todos sem palavras.

“Nós não o confrontamos.” Disse Elden. “Ele nos confrontou.”

“Eles não confrontam você…” Disse o garoto. “… A menos que você invada o território dele.”

“E o que esperava que nós fizéssemos?” Perguntou Reece.

“Bem, nunca olhe nos olhos de nenhum deles. Disse o garoto. “E se ele atacar, deite-se de bruços até que ele o deixe em paz. “E acima de tudo, nunca tente fugir.”

Thor se aproximou e pôs a mão no ombro do garoto.

“Você salvou nossas vidas.” Disse ele. “Nós temos uma dívida muito grande para com você.”

O garoto deu de ombros.

“Vocês não parecem membros das tropas do Império.” Disse ele. “Parece que vocês vieram de algum outro lugar do mundo. Então, por que eu não haveria de ajudá-los? Vocês parecem ter as características desse grupo que veio no navio alguns dias atrás.”

Thor e os outros trocaram um olhar de entendimento e se viraram para o garoto.

“Você sabe para onde esse grupo se dirigiu?” Thor perguntou.

O rapaz deu de ombros.

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