Блейк Пирс - Atraídas стр 7.

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Felizmente, April aparecera quando Riley ainda estava indecisa quanto ao que deveria fazer de seguida. Mas April regressara e fora logo para a cama sem dirigir praticamente uma palavra à mãe. E pelo que Riley se pudera aperceber, naquela manhã April não parecia estar mais inclinada a comunicar.

Riley estava feliz por estar em casa para resolver o que quer que estivesse errado. Não se tinha comprometido em relação ao novo caso e ainda tinha sentimentos contraditórios quanto a isso. Bill não parava de a informar sobre todos os desenvolvimentos por isso, sabia que no dia anterior ele e Lucy Vargas tinham começado investigar o desaparecimento de Meara Keagan. Interrogaram a família para a qual Meara trabalhava e também os vizinhos no prédio onde vivia. Não tinham quaisquer pistas.

Naquele dia Lucy ia liderar uma busca geral, coordenando vários agentes que distribuíam panfletos com a foto de Meara. Entretanto, Bill demonstrava tudo menos paciência face à indecisão de Riley em se juntar ao caso.

Mas ela não tinha que decidir já. Toda a gente em Quantico sabia que Riley não estaria disponível no dia seguinte. Um dos primeiros assassinos que apanhara ia ser ouvido numa audiência de liberdade condicional em Maryland. Estava completamente fora de questão não testemunhar naquela audiência.

Enquanto Riley refletia sobre as suas escolhas, April descia as escadas já vestida. Dirigiu-se de imediato à cozinha sem sequer olhar para a mãe. Riley levantou-se e seguiu-a.

“O que há para comer?” Perguntou April, olhando para o interior do frigorífico.

“Posso preparar-te o pequeno-almoço,” Disse Riley.

“Não é preciso, eu encontro alguma coisa.”

April tirou um pedaço de queijo e fechou a porta do frigorífico. Na bancada cortou uma fatia de queijo e serviu-se de café. Acrescentou natas e açúcar ao café, sentou-se na mesa e começou a mordiscar o queijo.

Riley sentou-se junto à filha.

“Como foi a festa?” Perguntou Riley.

“Tudo bem.”

“Chegaste um bocado tarde a casa.”

“Não, não cheguei.”

Riley optou por não discutir. Talvez uma da manhã não fosse assim tão tarde para miúdas de quinze anos que iam a festas. Como é que ela poderia saber?

“A Crystal disse-me que tens um namorado,” Disse Riley.

“Sim,” Respondeu April, bebericando o seu café.

“Como se chama?”

“Joel.”

Depois de uns instantes de silêncio, Riley perguntou, “Quantos anos tem?”

“Não sei.”

Subitamente, Riley sentiu invadir-se por uma onda de ansiedade e raiva.

“Quantos anos tem?” Repetiu Riley.

“Quinze, ok? A mesma idade que eu.”

Riley tinha a certeza que April estava a mentir.

“Gostava de o conhecer,” Disse Riley.

April revirou os olhos. “Por amor de Deus, mãe. Cresceste em que época? Nos anos cinquenta?”

Riley sentiu-se picada.

“Não me parece que seja pouco razoável,” Disse Riley. “Trá-lo cá. Apresenta-mo.”

April pousou a caneca de café com tanta força que entornou um pouco do líquido na mesa.

“Porque é que me estás sempre a controlar?” Atirou April.

“Não te estou a tentar controlar. Só quero conhecer o teu namorado.”

Durante alguns instantes, April limitou-se a olhar silenciosa e soturnamente para o café. Depois levantou-se de rompante da mesa e saiu intempestivamente da cozinha.

“April!” Gritou Riley.

Riley seguiu April pela casa. April dirigiu-se à porta de entrada e pegou na mala, pendurada no bengaleiro.

“Onde vais?” Perguntou Riley.

April não respondeu. Abriu a porta e saiu, batendo-a atrás de si.

Riley permaneceu plantada num silêncio surpreendido durante alguns momentos. Pensou que com toda a certeza, April regressaria de imediato.

Riley esperou durante um minuto. Depois foi para a porta, abriu-a e olhou na direção da rua. Não havia sinal de April.

Riley sentiu-se abalada. Interrogou-se como é que as coisas tinham chegado àquele ponto. Já tinham passado por momentos difíceis no passado. Mas quando as três – Riley, April e Gabriela – se mudaram para aquela casa no verão, a April ficara muito feliz. Ficara amiga de Crystal e a escola corria bem.

Mas agora, apenas dois meses depois da mudança, April passara de adolescente feliz a adolescente rabugenta. Será que o SPT regressara? April sofrera um efeito retardado depois de Peterson a ter aprisionado e ter tentado matá-la. Mas estava a consultar uma boa terapeuta e parecia estar a ultrapassar o trauma.

Ainda na porta de entrada aberta, Riley pegou no telemóvel e enviou um SMS a April.

Volta aqui. Imediatamente.

A mensagem fora entregue. Riley aguardou. Nada aconteceu. Teria April deixado o telemóvel em casa? Não, não era possível. April agarrara na mala à saída e nunca ia a lado nenhum sem o telemóvel.

Riley não parava de olhar para o telemóvel. A mensagem ainda estava marcada como “entregue” e não como “lida”. Estaria April simplesmente a ignorá-la?

E naquele momento, Riley teve a certeza para onde April tinha ido. Pegou numa chave que se encontrava numa mesa junto à porta e dirigiu-se ao alpendre fronteiro. Desceu as escadas da sua casa na direção do relvado da casa vizinha onde Blaine e Crystal viviam. Olhando novamente para o telemóvel, tocou à campainha.

Quando Blaine abriu a porta e a viu, o rosto do homem inundou-se de um amplo sorriso.

“Então!” Disse. “Que bela surpresa. O que te traz por cá?”

Riley gaguejou de forma estranha.

“Será que… A April está por cá? Com a Crystal?”

“Não,” Disse Blaine. “A Crystal também não está. Disse que ia à cafetaria. Sabes, aquela mais próxima.”

Blaine franziu o sobrolho preocupado.

“O que é que se passa?” Perguntou. “Algum problema?”

“Tivemos uma discussão,” Disse Riley. “Ela saiu de rompante. Eu pensei que ela pudesse ter vindo para cá. Acho que está a ignorar a minha mensagem.”

“Entra,” Disse Blaine.

Riley seguiu-o até à sala de estar onde se sentaram no sofá.

“Não sei o que se passa com ela,” Disse Riley. “Não sei o que se passa connosco.”

Blaine sorriu tristemente.

“Sei bem o que estás a sentir,” Disse Blaine.

Riley ficou um pouco surpreendida.

“Sabes?” Perguntou. “Sempre me pareceu que tu e a Crystal se davam perfeitamente.”

“A maior parte do tempo, sim. Mas desde que é adolescente que as coisas às vezes não são fáceis.”

Blaine olhou para Riley com uma expressão de compreensão.

“Não me digas,” Disse. “Que tem a ver com um namorado.”

“Parece que sim,” Disse Riley. “Não me conta nada sobre ele. E recusa-se a apresentá-lo.”

Blaine abanou a cabeça.

“Elas estão nessa idade,” Disse ele. “Ter um namorado é um assunto de vida ou de morte. A Crystal ainda não tem um, o que para mim não tem mal nenhum, mas para ela tem. Está absolutamente desesperada a esse respeito.”

“Talvez eu também tenha sido assim com essa idade,” Disse Riley.

Blaine deu uma risadinha. “Acredita em mim quando te digo que quando tinha quinze anos, só pensava em raparigas. Queres café?”

“Quero, obrigada. Simples, se faz favor.”

Blaine foi para a cozinha. Riley olhou à sua volta, reparando mais uma vez como a casa estava bem decorada. Blaine tinha mesmo bom gosto.

E lá regressou ele com duas canecas de café. Riley tomou um gole. Estava delicioso.

“Eu juro que não sabia no que me estava a meter quando fui mãe,” Disse. “Talvez não tenha ajudado o facto de ser demasiado nova.”

“Quantos anos tinhas?”

“Vinte e quatro.”

“Eu era mais novo. Casei-me aos vinte e um. Para mim a Phoebe era a rapariga mais bonita que já vira. Sexy como o raio. De certa forma, descurei o facto de que ela também era bipolar e já bebia muito.”

Agora Riley estava cada vez mais interessada. Ela sabia que Blaine estava divorciado, mas pouco mais. Parecia que ela e Blaine tinham cometido erros comuns na juventude. Tinha sido demasiado fácil para eles ver a vida através do brilho dourado da atração física.

“Quanto tempo estiveste casado?” Perguntou Riley.

“Cerca de nove anos. Devíamos ter acabado muito antes. Eu deveria ter acabado. Não parava de acreditar que conseguiria salvar a Phoebe. Foi uma ideia estúpida. A Crystal nasceu quando a Phoebe tinha vinte e um e eu vinte e dois anos, um estudante de chef. Éramos demasiado pobres e imaturos. A Phoebe abortou e nunca conseguiu ultrapassar isso. Tornou-se completamente dependente do álcool. Tornou-se violenta.”

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