Блейк Пирс - Abatidos стр 9.

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Virou-se ligeiramente e também todas as outras Rileys.

Levantou o braço e as outras também o fizeram.

Depois a sua mão tocou numa superfície de vidro.

Estou cercada de espelhos, Apercebeu-se Riley.

Mas como chegara ali? E como sairia?

Ouviu uma voz chamar…

“Riley!”

Era uma voz de mulher, algo familiar para ela.

“Estou aqui!” Gritou Riley. “Onde estás?”

“Também estou aqui.”

De repente, Riley viu-a.

Estava bem à sua frente, no meio da multidão de reflexos.

Era uma mulher jovem e atraente que usava um vestido fora de moda há várias décadas.

Riley soube de imediato de quem se tratava.

“Mãe!” Disse ela num sussurro espantado.

Ficou surpreendida por ouvir que a sua própria voz agora era a de uma menina.

“O que é que estás aqui a fazer?” Perguntou Riley.

“Vim só dizer adeus,” Disse a mãe com um sorriso.

Riley lutou para compreender o que se estava a passar.

Depois lembrou-se…

A mãe tinha sido morta à frente de Riley na loja de doces quando Riley tinha seis anos.

Mas ali estava a mãe, com o mesmo aspeto que tinha quando Riley a viu pela última vez.

“Onde é que vais mãe?” Perguntou Riley. “Porque é que tens que ir?”

A mãe sorriu e tocou no vidro que estava entre elas.

“Estou em paz agora, graças a ti. Posso prosseguir.”

Aos poucos Riley começou a compreender.

Há pouco tempo Riley encontrara o assassino da mãe.

Tornara-se num velho sem-abrigo a viver debaixo de uma ponte.

Riley deixara-o lá, percebendo que a sua vida fora castigo suficiente para o crime que cometera.

Riley tocou no vidro que a separava da mão da mãe.

“Mas não podes ir mãe,” Disse ela. “Eu sou só uma menina pequenina.”

“Oh não, não és,” Disse a mãe com o rosto radiante. “Olha só para ti.”

Riley olhou para o seu reflexo no espelho ao lado da mãe.

Era verdade.

Riley agora era uma adulta.

Parecia estranho perceber que ela era muito mais velha do que a mãe quando morrera.

Mas Riley também parecia cansada e triste em comparação com a sua mãe mais jovem.

Ela nunca envelhecerá, Pensou Riley.

Tal não se aplicava a Riley.

E ela sabia que o seu mundo estava repleto de julgamentos e desafios ainda para serem vividos.

Alguma vez teria paz para o resto da sua vida?

Deu por si a invejar a alegria pacífica, eterna e intemporal da mãe.

Depois a mãe virou-se e afastou-se, desparecendo nos reflexos infinitos de Riley.

De repente ouviu-se um som terrível e todos os espelhos se estilhaçaram.

Riley estava numa escuridão quase total e com vidros partidos até aos tornozelos.

Ergueu com cuidado os pés, depois tentou sair do meio daqueles destroços.

“Cuidado onde pões os pés,” Disse outra voz familiar.

Riley virou-se e viu um velho enrugado com um rosto duro.

“Pai!” Disse ela.

O pai riu perante a sua surpresa.

“Esperavas que estivesse morto, não é?” Disse ele. “Lamento desapontar-te.”

Riley abriu a boca para o contradizer.

Mas então percebeu que ele tinha razão. Ela não sofrera com a sua morte em outubro.

E era certo que não o queria de volta à sua vida.

No final de contas, raramente dissera uma palavra gentil em toda a sua vida.

“Onde tens estado?” Perguntou Riley.

“Onde sempre estive,” Disse o pai.

A cena começou a mudar de uma vastidão de vidro partido para o exterior da cabana do pai na floresta.

Ela agora estava na porta de entrada.

“Podes precisar da minha ajuda neste caso,” Disse ele. “Parece que o teu assassino é um soldado. Eu si muito sobre soldados. E sei muito sobre matar.”

Era verdade. O pai tinha sido capitão no Vietname. Ela não fazia ideia de quantos homens matara em serviço.

Mas a última coisa que queria era a sua ajuda.

“Chegou o momento de ires,” Disse Riley.

O sorriso do pai transformou-se numa careta.

“Oh não,” Disse ele. “Ainda agora me estou a instalar.”

O seu rosto e corpo mudaram de forma. Numa questão de segundos, era mais jovem, mais forte, de pele escura, mais ameaçador do que anteriormente.

Agora era Shane Hatcher.

A transformação aterrorizou Riley.

O pai sempre tinha sido uma presença cruel na sua vida.

Mas começava a temer Hatcher ainda mais.

Muito mais do que o pai, Hatcher tinha alguma espécie de poder manipulativo sobre ela.

Podia obrigá-la a fazer coisas que nunca imaginara fazer.

“Vá-se embora,” Disse Riley.

“Oh não,” Disse Hatcher. “Nós temos um acordo.”

Riley estremeceu.

Temos um acordo, disso não há dúvida, Pensou.

Hatcher tinha-a ajudado a descobrir o assassino da mãe. Em troca, ela permitira que ele vivesse na velha cabana do pai.

Para além disso, ela sabia que estava em dívida para com ele. Ajudara-a a resolver casos – mas fizera muito mais.

Até salvara a vida da filha e do ex-marido.

Riley abriu a boca para falar, para protestar.

Mas não saíram palavras.

Em vez disso, foi Hatcher quem falou.

“Estamos unidos pelo cérebro, Riley Paige.”


Riley foi acordada por um abanão.

O avião tinha aterrado no Aeroporto Internacional de San Diego.

O sol erguia-se para lá da pista de aterragem.

O piloto falou pelo intercomunicador anunciando a chegada e pedindo desculpas pela aterragem turbulenta.

Os outros passageiros estavam a reunir os seus pertences e preparavam-se para sair.

Quando Riley se levantou e pegou na sua mala, recordou-se do perturbador sonho que tivera.

Riley não era supersticiosa – mas ainda assim não conseguia deixar de pensar…

Seriam o sonho e a aterragem atribulada o presságio de algo?

CAPITULO OITO


A manhã estava luminosa quando Riley entrou no seu carro alugado e saiu do aeroporto. O tempo estava fantástico com uma temperatura a rondar uns confortáveis 20°C. Apercebeu-se de que a maioria das pessoas pensaria de imediato em apreciar a praia ou a piscina.

Mas Riley sentia uma apreensão a insinuar-se.

Pensou melancolicamente se alguma vez conseguiria ir à Califórnia só para desfrutar do tempo – ou ir para outro lugar qualquer para relaxar.

Parecia que o mal esperava por ela para onde quer que fosse.

A história da minha vida, Pensou.

Ela sabia que devia a si própria e à sua família quebrar aquele padrão – descansar e levar as miúdas a algum lado para se divertirem.

Mas quando é que isso ia acontecer?

Soltou um suspiro triste e cansado.

Talvez nunca, Pensou.

Não dormira muito no avião e sentia o jet lag das três horas de diferença entre San Diego e a Virginia.

Ainda assim, estava ansiosa para começar o novo caso.

Ao dirigir-se a norte na autoestrada de San Diego, passou por edifícios modernos embelezados com palmeiras. Passado pouco tempo estava fora da cidade, mas o trânsito na autoestrada de faixas múltiplas não diminuiu. A rápida procissão de veículos rápidos dirigia-se ao sol da manhã agora acentuado pela paisagem íngreme.

Não obstante o cenário, o Sul da Califórnia pareceu-lhe menos pacato do que esperava. Tal como ela, todos os que se encontravam no interior dos carros estava com pressa para ir a algum lugar importante.

Virou numa saída que indicava “Fort Nash Mowat”. Alguns minutos depois, parou à portas da base, mostrou o distintivo e foi-lhe dada permissão para entrar.

Riley já tinha enviado uma mensagem a Bill e Lucy para lhes dar conhecimento de que ia a caminho, por isso estavam à espera do carro. Bill apresentou a mulher sem uniforme que estava na sua companhia como sendo a Coronel Dana Larson, a comandante do gabinete ICE de Fort Mowat.

Riley ficou de imediato impressionada por Larson. Era uma mulher forte e robusta com intensos olhos negros. O seu aperto de mão deu logo a Riley uma sensação de confiança e profissionalismo.

“Prazer em conhecê-la, Agente Paige,” Disse a Coronel Larson numa voz cristalina e vigorosa. “A sua reputação precede-a.”

Os olhos de Riley dilataram-se.

“Estou surpreendida,” Disse ela.

Larson riu-se um pouco.

“Não esteja,” Disse ela. “Também faço parte das forças de segurança e estou a par das ações da UAC. Sentimo-nos honrados por estar aqui em Fort Mowat.”

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