Блейк Пирс - Um Rastro De Criminalidade стр 6.

Шрифт
Фон

—Até agora não. O alcance das câmeras de segurança se estende só até o fim do quarteirão da escola em cada direção. Eu posso vê-la se despedindo dos amigos, do jeito que você descreveu, e então pedalando. Nada acontece enquanto ela está visível. O guarda está reunindo a imagens do início dessa semana para mim, para ver se havia alguém perambulando ao redor nos dias anteriores. Pode demorar um tempo.

O que não foi dito nessa última linha era a suposição de que ele não retornaria para a delegacia tão cedo. Ela fingiu não reparar.

—Acho que nós deveríamos emitir o Alerta Âmbar, ela disse. São seis da noite agora. Então, se passaram três horas desde que a mãe dela discou 911. Nós não temos qualquer evidência sugerindo que se trata de alguma outra coisa que não um sequestro. Se ela foi raptada logo depois da escola, entre as duas e quarenta e cinco e às três da tarde, ela poderia estar tão longe quanto Palm Springs ou San Diego por agora. Precisando reunir tantos olhos nisso quanto seja possível.

—De acordo, disse Ray. Você pode se encarregar disso para que eu possa continuar revisando essas gravações?

—Claro, você vai voltar para a delegacia depois disso?

—Eu não sei, ele respondeu sem compromisso. Depende do que eu encontrar.

—Certo, bem, me mantenha notificada, ela disse.

—O farei, ele respondeu e desligou sem se despedir.

Keri se obrigou a não focar na desfeita e a colocar sua atenção em preparar o Alerta Âmbar para ser emitido. Ao terminar, ela viu seu chefe, o Tenente Cole Hillman, andando em direção à sala dele.

Ele estava vestindo o uniforme de sempre, calças, casaco esportivo, gravata frouxa e camisa de manga curta que não conseguia manter para dentro das calças devido a sua ampla circunferência. Ele já passava um pouco dos cinquenta, mas o trabalho o havia envelhecido de maneira tal que havia linhas profundas em sua testa e no canto dos seus olhos. O cabelo sal e pimenta recentemente era mais sal do que pimenta.

Ela pensou que ele estava indo até a mesa dela e iria demandar uma atualização da situação, mas ele nunca olhou na direção dela. Por ela estava tudo bem, já que queria verificar com o pessoal da CSU para saber se encontraram alguma impressão digital.

Depois de submeter o Alerta Âmbar, Keri andou pelo ambiente da delegacia, o qual parecia incomumente quieto para essa hora da noite, e desceu o corredor. Ela bateu na porta da CSU e colocou a cabeça para dentro sem esperar por permissão.

—Alguma sorte no caso Jessica Rainey?

A encarregada, uma garota de vinte e alguma coisa com cabelos escuros e óculos, olhou por sobre a revista que estava lendo. Keri não a reconheceu. O serviço de recepcionista da CSU era desgastante e tinha alta rotatividade. Ela digitou o nome no banco de dados.

—Nada na mochila ou na bicicleta, disse a garota. Eles ainda estão checando algumas digitais do telefone, mas do modo que estavam falando, não pareciam promissoras.

—Você poderia, por favor, pedir a eles que informassem a Detetive Locke assim que terminarem, independente do resultado? Mesmo que não haja digitais úteis, eu preciso verificar aquele celular.

—Entendido, Detetive, ela disse enterrando seu nariz de volta na revista antes mesmo que Keri fechasse a porta.

Em pé sozinha no silencioso corredor, Keri respirou fundo e percebeu que não havia mais nada para ela fazer. Ray estava verificando as imagens da vigilância da escola. Ela havia emitido o Alerta Âmbar. O relatório da CSU estava pendente e ela não conseguiria ver o telefone de Jessica até que terminassem com ele. Ela falara, ou estava esperando o retorno, com todos que tinha ligado.

Ela se escorou na parede e fechou os olhos, permitindo seu cérebro relaxar pela primeira vez em horas. Mas assim que ela o fez, pensamentos indesejáveis a inundaram.

Ela viu a imagem do rosto de Ray, ferido e confuso. Ela viu uma van preta com sua filha dentro virando a esquina na escuridão. Ela viu os olhos do Colecionador enquanto ela espremia seu pescoço, drenando a vida do homem que sequestrara sua filha há cinco anos, mesmo que ele já estivesse morrendo devido a uma ferida na cabeça. Ela viu as imagens granuladas do homem conhecido apenas como Viúvo Negro, enquanto ele baleava outro homem na cabeça, retirava Evie da van do homem e a enfiava no porta malas do seu próprio carro antes de desaparecer para sempre.

Seus olhos se arregalaram abertos e ela viu que estava de frente para a sala de evidências. Ela havia estado ali várias vezes nas semanas recentes, debruçando-se sobre as fotos do apartamento de Brian "O Colecionador" Wickwire.

As evidências de verdade estavam sendo mantidas na Divisão Central, porque o apartamento dele ficava na jurisdição deles. Eles tinham consentido em deixar o fotógrafo da polícia do Oeste de LA a tirar fotos de tudo, conquanto ficasse na sala de evidências deles. Por ter matado o homem, Keri não estava em uma posição de discutir com eles.

Mas ela não havia visto as fotos há vários dias e agora algo sobre elas a estava consumindo. Havia uma coceira no fundo do seu cérebro que ela simplesmente não conseguia coçar, algum tipo de conexão que ela sabia que estava escondida logo fora da beirada da sua consciência. Ela entrou na sala.

O encarregado das evidências não estava surpreso em vê-la e deslizou a lista de presença na direção dela sem uma palavra. Ela assinou, então foi diretamente para a estante com a caixa de fotos. Ela não precisava da data de referência, já que sabia exatamente em qual prateleira e em qual fileira estava. Ela pegou a caixa da prateleira e a puxou para uma das mesas nos fundos.

Ela se sentou, ligou a lâmpada da mesa e espalhou todas as fotos em frente a ela. Havia olhado para elas dúzias de vezes antes. Todo livro que Wickwire possuía foi catalogado e fotografado, assim como cada peça de roupa e cada item das prateleiras da sua cozinha. Acreditava-se que esse homem estivesse envolvido no rapto e na venda de até cinquenta crianças ao longo dos anos e os detetives da Divisão Central estavam deixando nenhuma pedra sem revirar.

Mas Keri sentia que o que estava a provocando não era nenhuma das fotos que ela havia estudado anteriormente. Era algo que ela tinha registrado apenas de passagem antes. Alguma coisa que estivera chacoalhando na sua mente quando estava de pé no corredor minutos antes, deixando todas as suas dolorosas lembranças se desaguarem sobre ela.

O que era? Qual conexão você está tentando fazer?

E então ela viu. No fundo de uma foto da mesa do Colecionador, havia uma série de fotos de natureza. Eram todas fotos 5 x 7 alinhadas horizontalmente. Havia um sapo em uma pedra. Ao lado, havia uma foto de uma lebre com as orelhas levantadas. E próximo a essa, havia um castor trabalhando em uma represa. Um pica-pau estava no meio de uma bicada. Um salmão capturado em filme enquanto saltava de uma correnteza. E ao lado desta, havia a imagem de uma aranha em um trecho de lama—uma viúva negra.

Uma viúva negra. Viúvo Negro. Há algo nisso?

Pode ter sido apenas uma coincidência. Obviamente, os detetives da Central não pensaram muito nas fotos, já que eles nem as catalogaram como evidência. Mas Keri sabia que o Colecionador gostava de manter registros codificados.

De fato, essa foi a maneira com a qual ela encontrou os endereços de onde Evie e múltiplas outras garotas sequestradas estavam sendo mantidas. O Colecionador os havia escondido bem à vista, em código alfanumérico em um monte de cartões postais aparentemente inócuos na gaveta de sua mesa.

Keri sabia que o Colecionador e o Viúvo Negro compartilhavam uma conexão: ambos foram contratados em várias ocasiões pelo advogado Jackson Cave.

Ваша оценка очень важна

0
Шрифт
Фон

Помогите Вашим друзьям узнать о библиотеке

Скачать книгу

Если нет возможности читать онлайн, скачайте книгу файлом для электронной книжки и читайте офлайн.

fb2.zip txt txt.zip rtf.zip a4.pdf a6.pdf mobi.prc epub ios.epub fb3

Похожие книги