Блейк Пирс - Um Rastro De Criminalidade стр 12.

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—Mais uma coisa, adicionou Keri. Há uma chance que ele possa nem aparecer. Ele poderia ficar assustado e recuar. Ele pode nunca ter tido a intenção de vir. Esteja preparado para isso também.

—Você acha que é isso que vai acontecer? Perguntou Rainey. Ele claramente nunca nem havia considerado a possibilidade.

Keri lhe deu a resposta mais sincera que ela podia reunir.

—Eu não tenho absolutamente qualquer ideia do que vai acontecer. Mas precisamos descobrir.

CAPÍTULO SETE

Keri pensou que poderia estar enjoada. Era quase engraçado. Afinal, ela morou em uma casa flutuante por vários anos. Mas flutuar em um veleiro nas águas abertas do canal, enquanto segurava binóculos nos olhos por períodos tão longos era uma proposta diferente.

Butch oferecera jogar a âncora no Pipsqueak, mas ambos Keri e Ray ficaram preocupados que um barco estacionário na água pudesse parecer suspeito. É claro, um barco vagando sem rumo para frente e para trás não era muito melhor.

Depois de cerca de quinze minutos, Butch sugeriu que eles se demorassem perto de uma doca do outro lado do parque, onde ao menos outros barcos os fariam se destacar menos. Keri, incerta de que ela poderia segurar a náusea por muito mais tempo, pulou na sugestão.

Eles encontraram um ponto livre e protelaram ali enquanto a meia noite se aproximava. O mordaz vento de inverno uivava lá fora. Sentada no pequeno banco próximo à janela, Keri podia escutar as águas ruidosamente lambendo o casco. Ela acolheu isso, tentando sincronizar a respiração ao seu ritmo. Ela sentiu o nó em seu estômago começar a afrouxar e o suor em sua testa reduzir um pouco.

Eram 11:57 da noite. Keri levou os binóculos aos olhos novamente e olhou através da água para o parque. Ray, poucos metros acima, estava fazendo o mesmo.

—Vendo alguma coisa? Perguntou Butch lá de cima. Ele estava animado para fazer parte de uma operação policial e estava tendo dificuldade em esconder isso. Era provavelmente a coisa mais agitada que lhe acontecia em anos.

Ele era o mesmo cara durão que ele se lembrava, definido por sua pele açoitada pelas condições do clima, seu feixe de cabelo branco despenteado e o cheiro perpétuo de álcool no seu hálito. Sob circunstâncias normais, operar um barco nas condições dele era uma violação. Mas ela estava disposta a deixar isso passar considerando a situação.

—Há algumas árvores bloqueando parcialmente a vista, ela murmurou de volta em voz alta. E é difícil ver com o reflexo da janela, mesmo com as luzes apagadas aqui embaixo.

—Eu não posso fazer nada sobre as árvores, disse Butch. Mas, sabe, as janelas abrem parcialmente.

—Eu não sabia, ela admitiu.

—Por quanto tempo você morou naquele barco? Perguntou Ray.

Keri, alegremente surpresa que ele estava inclinado a se envolver em provocações, botou a língua para fora antes de adicionar, "Aparentemente não tempo suficiente.

Uma voz chegou pelos seus comunicadores, interrompendo o momento mais natural que tiveram em todo o dia. Era o Tenente Hillman.

“Aviso a todas as unidades. Aqui é a Unidade Um. O mensageiro tem a carga, estacionou e está em rota para o destino a pé.”

Hillman era uma das pessoas posicionadas no segundo andar do Windjammers Club, o qual tinha um ponto de vista de grande parte do parque, incluindo a ponte. Ele estava usando termos não específicos pré-estabelecidos para todos os envolvidos evitarem compartilhar muitas informações pelas linhas de comunicação, as quais sempre pareciam ser hackeadas por cidadãos curiosos que gostavam de bisbilhotar o tráfego da polícia. Rainey era o mensageiro. A bolsa de dinheiro era a carga. A ponte era o destino. O sequestrador seria referenciado como o sujeito e Jessica como o recurso.

—Aqui é a Unidade Quatro. Posso ver o destino, disse Keri, finalmente encontrando um ângulo com uma visão clara da ponte. Não há qualquer pessoa visível nas proximidades.

—Aqui é a Unidade Dois, veio a voz da Policial Jamie Castillo, que estava atuando no papel de mulher sem teto no parque. O mensageiro acaba de passar por minha localização a oeste do prédio comunitário próximo ao café. As outras únicas pessoas que eu vejo são dois indivíduos sem teto. Ambos estiveram aqui por toda a tarde. Ambos aparentam estar dormindo.

—Mantenha um olho nesses indivíduos, Unidade Dois, disse Hillman. Não sabemos como o sujeito se parece. Qualquer coisa é possível.

—Entendido, Unidade Um.

—Espero que vocês possam me escutar, um nervoso Tim Rainey sussurrou alto no microfone em sua lapela. Estou no parque e seguindo para ponte.

—Arg, abafou Ray sob sua respiração. Nós vamos ter comentários em tempo real desse cara?

Keri franziu o cenho para ele.

—Ele está nervoso, Ray. Pegue leve com ele.

—Aviso a todas as unidades. Aqui é o QG, Manny Suarez disse da van no estacionamento do shopping que servia como central móvel. Temos olhos em toda a área e não há movimento no momento a não ser o mensageiro, que está a cinquenta metros do destino.

Keri olhou para seu relógio. 11:59 da noite. À distância, ela ouviu o motor de um barco na outra extremidade do canal principal da marina. Marinheiros, que gostavam de tomar banho de sol durante o dia nas docas, estavam chamando um ao outro. Fora disso, o vento e as ondas, estavam silenciosos.

—Movimento na Mindanao Way aproximando-se do parque, veio uma voz desconhecida e agitada.

—Identifique sua unidade, bradou Hillman, e não use nomes próprios.

—Desculpe, senhor. Aqui é a Unidade Três. Há um veículo se aproximando do parque pela... rua que leva a ele. Parece ser uma moto.

Keri percebeu quem era a Unidade Três—o Policial Roger Gentry. A Oeste de LA não era a maior divisão do LAPD e eles estavam com carência de força de trabalho a essa hora, então Hillman juntou todos policiais não encarregados e isso incluía Gentry. Ele era novato, no trabalho há menos de um ano, cerca do mesmo tempo que Castillo, mas muito menos confiante ou, aparentemente, capaz.

—Alguém mais tem visual? Hillman perguntou.

—Alguém pode escutar isso? Perguntou Tim Rainey demasiadamente alto, aparentemente por esquecer que ninguém poderia respondê-lo. Parece que alguém está vindo.

—Aqui é a Unidade Dois, disse Castillo a partir do seu recanto improvisado perto do centro comunitário. Tenho visual. É uma moto. Não consigo identificar da minha posição, mas é pequena, uma Honda, eu acho. Apenas um motorista. Entrou no parque e está seguindo a ponta sul da estrada de serviço na direção geral do destino e do mensageiro.

Keri também via a moto agora, acelerando pela estrada de serviço que contornava a borda do parque próxima a água. Ela voltou sua atenção para Tim Rainey, que estava em pé rígido no meio da ponte, sua mão direita segurando a bolsa firmemente.

—Aqui é a Unidade Um, anunciou Hillman. Nós temos o rifle a postos, preparado para dar assistência. Alguém tem um visual atualizado do veículo?

—Aqui é Unidade Quatro, disse Ray. Temos um visual. Motorista sozinho viajando acerca de oitenta quilômetros por hora pela borda da estrada de serviço. Veículo virando à direita, para o norte, na direção geral do destino.

—Acho que é alguém de moto, disse Tim Rainey. Alguém sabe quem é? É o cara? Ele está com Jess?

—Unidade Quatro, aqui é a Unidade Um, disse Hillman, ignorando a conversa de Rainey. "Você vê alguma arma? Rifle, preparar.

—Rifle pronto, veio a voz do atirador ao lado de Hillman em um quarto no segundo andar do clube de iatismo.

—Aqui é a Unidade Quatro, respondeu Ray. Não vejo qualquer arma. Mas minha visão está comprometida pela escuridão e pela velocidade do veículo.

—Rifle ao meu sinal, disse Hillman.

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