Блейк Пирс - Alvos a Abater стр 9.

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Por algum motivo, ela esperava que não. Não parecia certo ser assim tão forte, forte de uma forma diferente da das outras pessoas.

Não parecia muito…

Riley demorou alguns segundos a pensar na palavra adequada.

Humano.

Ela estremeceu ligeiramente, depois disse a Trudy, “Vou voltar para o dormitório. Preciso de dormir. Queres vir comigo?”

Trudy abanou a cabeça.

“Quero ficar aqui por um bocado,” Disse ela.

Riley levantou-se e deu um abraço rápido a Trudy. Então esvaziou o tabuleiro do pequeno-almoço e saiu da associação de estudantes. O caminho até ao dormitório era curto e ela estava aliviada por não ver jornalistas à vista. Quando chegou à porta de entrada do dormitório, parou por um momento. Ocorrera-lhe porque é que Trudy não quisera ir com ela. Não estava preparada para enfrentar o dormitório outra vez.

Em frente à porta, também Riley se sentiu estranha. É claro que passara ali a noite. Vivia ali.

Mas tendo passado algum tempo no exterior onde fora declarado o regresso à normalidade, fê-la questionar-se se estaria preparada para regressar ao edifício onde Rhea fora assassinada.

Respirou fundo e entrou.

A princípio pensou que estava bem. Mas à medida que continuou a caminhar pelo corredor, uma sensação de estranheza aprofundou-se. Riley tinha a sensação de estar a caminhar e a mover-se debaixo de água. Dirigiu-se logo para o seu quarto e estava prestes a abrir a porta quando se sentiu atraída pelo quarto mais ao fundo do corredor, o quarto que Rhea e Heather tinham partilhado.

Foi até lá e viu que a porta estava fechada e selada com fita da polícia.

Riley ficou ali a sentir uma súbita e horrível curiosidade.

Qual o aspeto do quarto agora?

Teria o quarto sido limpo desde a última vez que o vira?

Ou o sangue da Rhea ainda lá estava?

Riley foi tomada de uma terrível tentação – ignorar a fita, abrir aquela porta e entrar naquele quarto.

Mas ela sabia bem que não podia ceder a essa tentação. E é claro que a porta estava trancada.

Mas ainda assim…

Porque é que sinto isto?

Ficou ali tentando entender aquela necessidade misteriosa. Começou a perceber – estava relacionada com o próprio assassino.

Não conseguia evitar pensar…

Se eu abrir aquela porta, conseguirei entrar na sua mente.

É claro que não fazia sentido.

E era uma ideia aterradora – entrar numa mente maligna.

Porquê? Continuava a questionar-se.

Porque é que ela queria entender o assassino?

Porque é que ela sentia uma curiosidade tão pouco natural?

Pela primeira vez desde que aquilo acontecera, Riley sentiu medo…

… não por ela, mas medo dela própria.

CAPÍTULO SEIS

Na segunda-feira de manhã seguinte, Riley sentia-se profundamnete desconfortável ao sentar-se para assistir à aula de psicologia.

Era, no final de contas, a primeira aula a que assistia depois da morte de Rhea quatro dias antes.

Também era a aula para a qual tentara estudar antes de ela e as amigas terem ido ao Centaur’s Den.

Havia pouca gente na aula – muitos alunos em Lanton ainda não se sentiam preparados para regressar aos estudos. Trudy também lá estava, mas Riley sabia que a sua companheira de quarto também se sentia desconfortável com aquela pressa para regressar à “normalidade”. Os outros alunos estavam todos invulgarmente silenciosos nos seus lugares.

Ao ver o Professor Brant Hayman a entrar na sala, Riley ficou mais tranquila. Era jovem e muito bem-parecido. Ela lembrava-se da Trudy dizer a Rhea…

“A Riley gosta de impressionar o Professor Hayman. Tem um fraquinho por ele.”

Riley encolheu-se perante aquela memória.

Obviamente que não queria pensar que tinha um “fraquinho” por ele.

A questão é que ela estudara com ele quando era caloira. Ele ainda não era Professor, apenas um assistente. Já naquela altura ele lhe parecera um professor fantástico – informativo, entusiástico e às vezes divertido.

Naquele dia, a expressão do Dr. Hayman era séria ao pousar a mala na secretária e olhar para os alunos. Riley apercebeu-se que ele ia direto ao assunto.

Disse, “Reparem, há um elefante nesta sala. Todos sabemos o que é. Temos que limpar o ar. Temos que discutir isto abertamente.”

Riley susteve a respiração. Ela tinha a certeza que não ia gostar do que se ia passar de seguida.

Então Hayman disse…

“Alguém aqui conhecia a Rhea Thorson? Não como conhecida, não como alguém com quem se cruzavam de vez em quando no campus. Refiro-me a conhecer muito bem. A ser amigo.”

Riley levantou a mão timidamente e Trudy também. Mais ninguém na sala o fez.

Então Hayman perguntou, “O que é que vocês as duas têm sentido desde que ela foi assassinada?”

Riley encolheu-se um pouco.

Era, afinal de contas, a mesma pergunta que ouvira os jornalistas perguntarem a Cassie e Gina na sexta-feira. Riley conseguira evitar aqueles jornalistas, mas teria que responder àquela pergunta agora?

Recordou-se que aquilo era uma aula de psicologia. Estavam ali para abordar aquele tipo de questões.

E ainda assim Riley interrogou-se…

Por onde é que devo começar?

Ficou aliviada quando Trudy começou a falar.

“Culpada. Podia ter impedido aquilo de acontecer. Eu estava com ela no Centaur’s Den antes daquilo acontecer. Nem reparei que ela se tinha ido embora. Se ao menos a tivesse acompanhado… “

A voz de Trudy apagou-se. Riley ganhou coragem para falar.

“Eu sinto o mesmo,” Disse ela. “Afastei-me quando chegámos ao Den e não dei muita atenção à Rhea. Talvez se eu tivesse… “

Riley fez uma pausa, depois acrescentou, “Por isso também me sinto culpada. E mais. Egoísta, acho. Porque quis estar sozinha.”

O Dr. Hayman assentiu. Com um sorriso disse, “Então nenhuma de vocês acompanhou Rhea de volta ao dormitório.”

Depois de uma pausa, acrescentou, “Um pecado de omissão.”

A frase alarmou um pouco Riley.

Parecia estranhamente inadequado em relação ao que Riley e Trudy não tinham conseguido fazer. Parecia demsiado benigno, não suficientemente grave, não uma questão de vida ou de morte.

Mas é claro que era verdade.

Hayman olhou para o resto dos alunos.

“E vocês? Alguma vez fizeram – ou falharam – o mesmo tipo de coisa numa situação semelhante? Alguma vez deixaram uma amiga ir a algum lado à noite sozinha quando a deviam ter acompanhado? Ou talvez apenas tenham negligenciado fazer algo importante para a segurança de alguém? Não ter retirado as chaves do carro a alguém que tenha bebido demais? Ignorado uma situação que pudesse ter resultado num ferimento ou mesmo morte?”

Um rumor confuso percorreu a plateia de alunos.

Riley percebeu que era uma pergunta muito difícil.

No final de contas, se a Rhea não tivesse sido assassinada, bem Riley, nem Trudy teriam perdido um momento a pensar no seu “pecado de omissão”.

Teriam esquecido tudo.

Não era surpreendente que alguns dos alunos não se recordassem de situações semelhantes. E a verdade era que a própria Riley não se lembrava ao certo. Houvera outros momentos em que negligenciara a segurança de outra pessoa?

Poderia ser responsável pelas mortes de outros – nem que fosse por pura sorte?

Alguns instantes depois, várias mãos se levantaram relutantemente.

Então Hayman disse, “E os outros? Quantos de vocês não têm a certeza?”

Quase todos os outros alunos levantaram as mãos.

Hayman assentiu e disse, “Ok. Muitos de vocês podem ter cometido o mesmo erro a dada altura. Então quantas pessoas aqui se sentem culpadas pela forma como agiram ou pelo que deviam ter feito e não fizeram?”

Outro rumor confuso se apoderou da sala.

“O quê?” Perguntou Hayman. “Nenhum de vocês? Porque não?”

Uma rapariga levantou a mão e gaguejou, “Bem… foi diferente porque… suponho que porque… ninguém morreu, acho.”

Ouviu-se um múrmurio geral de concordância.

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