Морган Райс - Amada стр 5.

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Ela clicou em enviar e devolveu o telefone para Luisa.

Caitlin ouviu uma comoção e se virou.

Um grupo das garotas veteranas mais populares estava vindo na direção deles. Elas estavam cochichando. E todas olhavam diretamente para Caleb.

Pela primeira vez, Caitlin sentiu uma nova emoção crescer dentro dela. Ciúme. Ela podia ver nos olhos daquelas garotas, que nunca haviam prestado atenção nela, que elas adorariam roubar Caleb dela em um segundo. Estas garotas podiam ter qualquer garoto na escola, todos que elas quisessem. Não importava se ele tinha uma namorada ou não. Você apenas podia esperar que elas não olhassem para o seu namorado.

E agora, todas estavam olhando para Caleb.

Caitlin esperou, rezou, que Caleb fosse imune aos poderes delas. Que ele ainda gostasse dela. Mas, pensando nisso, ela não podia entender porque ele gostaria. Ela era tão comum. Por que ele ficaria com ela quando garotas como estas morreriam para tê-lo?

Caitlin rezou silenciosamente pedindo que as garotas continuassem caminhando. Apenas desta vez.

Mas, claro, elas não o fizeram. O coração dela batia forte enquanto o grupo se virou e caminhou na direção deles.

“Olá, Caitlin,” uma das garotas disse à ela, com uma falsa gentileza na voz.

Tiffany. Alta, cabelos longos e loiros, olhos azuis e magra como um palito. Vestida da cabeça aos pés com roupas de grife. “Quem é o seu amigo?”

Caitlin não sabia o que dizer. Tiffany, e suas amigas, nunca haviam dado nenhuma atenção à Caitlin. Elas nunca haviam sequer olhado para ela. Ela estava chocada em ver que elas sabiam que ela existia, e sabiam o seu nome. E agora, elas estavam iniciando uma conversa. Claro que Caitlin sabia que aquilo não tinha nada à ver com ela. Elas queriam Caleb. O suficiente para que se humilhassem ao ponto de falar com ela.

Isto não era um bom sinal.

Caleb deve ter sentido o desconforto de Caitlin, pois se aproximou dela e colocou um braço em seu ombro.

Caitlin nunca havia ficado tão agradecida por um gesto em sua vida.

Com a sua nova confiança, Caitlin encontrou a força para falar. “Caleb,” ela respondeu.

“Então, o que vocês estão fazendo aqui?” outra garota perguntou. Bunny. Ela era uma réplica de Tiffany, porém morena. “Eu achei que você tinha, tipo, se mudado ou algo assim.”

“Bem, eu voltei,” Caitlin respondeu.

“Então, você é novo aqui também?” Tiffany perguntou à Caleb. “Você é veterano?”

Caleb sorriu. “Eu sou novo aqui, sim,” ele respondeu enigmaticamente.

Os olhos de Tiffany se iluminaram, interpretando aquilo como se significasse que ele era novo na escola. “Ótimo,” ela disse. “Vai ter uma festa hoje à noite, se você quiser aparecer. É na minha casa. É apenas para amigos próximos, mas nós adoraríamos se você fosse. E… hum…você também, eu acho,” Tiffany disse, olhando para Caitlin.

Caitlin sentiu a raiva crescendo dentro dela.

“Eu aprecio o convite, moças,” Caleb disse, “mas sinto muito em dizer que Caitlin e eu já temos um compromisso importante esta noite.”

Caitlin sentiu seu coração se encher.

Vitória.

Ao ver suas expressões desmoronarem como uma fileira de dominós, ela nunca se sentiu tão vingada.

As garotas levantaram seus narizes e foram embora furtivamente.

Caitlin, Caleb e Luisa ficaram parados ali, sozinhos. Caitlin expirou.

“Meu Deus!” Luisa disse. “Aquelas garotas nunca deram a mínima para ninguém antes. Muito menos fizeram um convite.”

“Eu sei,” Caitlin disse, se recuperando.

“Caitlin!” Luisa disse de repente, esticando o braço e segurando o dela, “Eu acabei de me lembrar. Susan. Ela disse algo sobre Sam. Semana passada. Disse que ele estava com os Coleman. Eu sinto muito, acabei de me lembrar. Talvez isto ajude.”

Os Coleman. Claro. Era lá que ele estaria.

“Além disso,” Luisa continuou, com pressa, “nós todos vamos nos encontrar no Franks hoje à noite. Você tem que vir! Nós sentimos tanto a sua falta. E claro, traga Caleb. Vai ser uma festa legal. Metade da turma vai ir. Você tem que estar lá.”

“Bem… eu não sei –”

O sino tocou.

“Eu tenho que ir! Eu estou tão feliz por você estar de volta. Te adoro. Me ligue. Tchau!” Luisa disse, acenando para Caleb, e se virou e andou apressada pelo corredor.

Caitlin permitiu imaginar a si mesma voltando à sua vida normal. Passando tempo com todos os seus amigos, indo à festas, voltando para uma escola normal, prestes a se formar. Ela gostou daquele sentimento. Por um momento, ela realmente tentou expulsar todos os eventos da semana passada da sua mente. Ela imaginou que nada de ruim havia acontecido.

Mas então, ela olhou para o lado e viu Caleb, e a realidade a inundou novamente. A sua vida havia mudado. Para sempre. E nunca voltaria a ser o que era. Ela precisava aceitar isto.

Sem falar no fato de que ela havia matado alguém, e que a polícia estava procurando por ela. Ou que seria apenas uma questão de tempo até que eles a encontrassem, em algum lugar. Ou o fato de que uma raça de vampiros inteira estava querendo matá-la. Ou que essa espada que ela estava procurando podia salvar a vida de muitas pessoas.

A vida definitivamente não é mais o que era, e nunca mais seria. Ela precisava aceitar a sua realidade atual.

Caitlin colocou a mão no braço de Caleb e o guiou para as portas frontais. Os Coleman. Ela sabia onde eles viviam, e que aquilo fazia sentido, Sam ficar um tempo com eles. Se ele não estava na escola, provavelmente estava lá agora mesmo. Era para lá que eles tinham que ir.

Enquanto caminhavam para fora da escola e sentiram o ar fresco, ela se surpreendeu em se sentir tão bem por estar saindo daquela escola novamente—e desta vez, para sempre.

*

Caitlin e Caleb cruzaram a propriedade dos Coleman, a neve na grama sendo esmagada sob os seus pés. A casa não era grande coisa – um rancho modesto construído ao lado de uma estrada federal. Mas atrás dele, no fim do terreno, havia um celeiro. Caitlin viu todas as pick-ups velhas estacionadas de qualquer jeito no gramado, e pôde ver as pegadas no gelo e na neve, e sabia que havia um grande tráfego se direcionando para aquele celeiro.

Era isto que os garotos faziam em Oakville – se encontravam nos celeiros uns dos outros. Oakville era tão rural quanto suburbana, e aquilo os dava uma chance de ficar em uma estrutura longe o suficiente das casas de seus pais para que eles não soubessem ou não se importassem com o que seus filhos estavam fazendo. Era bem melhor do que ficar no porão. Os pais não conseguiam ouvir nada. E você tinha a sua própria entrada. E saída.

Caitlin respirou fundo ao caminhar na direção do celeiro e puxar a pesada porta de madeira.

A primeira coisa que ela percebeu foi o cheiro. Maconha. Nuvens dela pairavam no ar.

Maconha misturada com o cheiro de cerveja choca. Muita cerveja.

Então, o que ela percebeu—mais do que qualquer outra coisa—foi o cheiro de um animal. Ela nunca havia tido sentidos tão aguçados antes. O choque da presença desse animal correu pelos seus sentidos, como se ela tivesse acabado de cheirar amônia.

Ela olhou para a direita e focou o olhar. Ali, no canto, estava um grande Rottweiler. Ele se sentou lentamente, olhou para ela e rosnou. Ele deu um grunhido baixo e gutural. Era Butch. Ela se lembrava dele agora. O terrível Rottweiler dos Coleman. Como se os Coleman precisassem de um animal perverso para adicionar à imagem de caos deles.

Os Coleman sempre foram más notícias. Três irmãos—17, 15, e 13—e em algum momento do passado, Sam havia se tornado amigo do irmão do meio, Gabe. Um era pior do que o outro. Seu pai havia ido embora a muito tempo, ninguém sabia para onde, e a mãe nunca estava em casa. Eles basicamente se criaram sozinhos. Apesar das suas idades, eles estavam sempre bêbados ou drogados, e passavam mais tempo fora da escola do que dentro dela.

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