Rebekah Lewis - No Olho Do Furacão стр 5.

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 Você está. As mãos dele eram grandes, calejadas e quentes. Como seria a sensação delas sobre o seu corpo nu?

Não, não iria pensar naquilo.

O cheiro de mar, suor, rum temperado e alguma coisa que não reconheceu tomou os seus sentidos, e ela quase podia acreditar que ele tinha saído de um navio pirata para tomar tudo e qualquer coisa que ele quisesse dela. Ela franziu o nariz.

 Que cheiro é esse?

Surpreso, o capitão Morgan recuou e levou a lapela do casaco marrom escuro ao nariz e deu uma fungada.

 Pólvora.

Imagens dele atirando, com a pistola que estava enfiada no cinto da espada, em piratas vis penetraram em seus pensamentos. Canhões retumbando, madeira quebrando. Pancadas de água enquanto corpos caíam sobre as laterais de um navio alto ostentando o sinistro Jolly Roger preto na bandeira. Coisas que não acharia atrativas, mas que de alguma forma, achava. Filmes demais.

 Certo. Eu não ouvi pistolas disparando. Só os fogos de artifício. Podemos deixar a encenação de pirata de lado, capitão Morgan? Você pode sair do personagem quando estiver perto de mim. Não vou contar para o seu chefe. Talvez ele fosse ter problemas caso saísse do personagem assim como acontece nos parques temáticos.

O pirata franziu o cenho, toda a provocação tinha sumido de seus traços.

 Eu me chamo Christophe Jones, e eu não sou capitão. Não houve explosões porque o seu veleiro não estava por perto quando o meu afundou sob o ataque. Christophe cruzou os braços novamente e murmurou Nem tenho certeza de como vim parar a bordo desse Ele olhou em volta, desconfiado. mamute. De certa forma, ele parecia um pouco aflito. Por causa do tamanho do navio?

A tripulação o trouxe a bordo e o colocou para trabalhar como pirata para pagar a passagem dele depois de ele ter sobrevivido a um naufrágio? Aquilo era absurdo. Ela deveria ligar para o sindicato dos trabalhadores quando aportassem.

 Sinto muito pelo acontecido respondeu Serena, sem saber o que mais dizer sobre os comentários estranhos. Mas eu ainda não vou deixar que você entre no meu quarto.

Cristophe, mais uma vez, deu um sorriso pretencioso, colocando mãos possessivas em seus quadris e puxando-a para perto. Apesar do seu desconforto por ser objeto da atenção dele, o desejo se acendeu por todo o seu corpo. Essa onda de excitação e luxúria era paixão? Tivera intimidade com os namorados no passado, mas de alguma forma aquilo era diferente. Por que ele estava vestido como um pirata? Não, nunca curtiu muito desse negócio de faz de conta. Não conseguia apontar o que o fazia ser tão interessante.

 Eu vou fazer valer a pena. Ele levou uma mão à algibeira presa ao cinto e tirou de lá duas moedas com caras de velha. Pago adiantado.

Seu cérebro não compreendeu o propósito.

 Pagamento pelo quê?

Christophe levou os lábios aos dela com força, quase como se ele acreditasse que nunca mais voltaria a beijar uma mulher e quisesse aproveitar a experiência ao máximo. A língua dele tinha gosto de rum caribenho e a cabeça dela nadou. Ele trilhou beijos por sua bochecha e ela o puxou para mais perto, não acreditando no que estava acontecendo e desejando que nunca terminasse. Daquela forma ela não teria que recuar e quebrar o encanto. Então ele sussurrou:

 Pelos seus serviços, é claro.

CAPÍTULO DOIS

A bela rapariga seminua se afastou bruscamente dos seus braços e lhe deu um tapa na cara. A cabeça de Christophe virou para o lado e a dor formigou marcando a sua pele. Momentaneamente atordoado, ele levou a mão à bochecha e a encarou. Uma mulher jamais tinha lhe dado um tapa.

 Oh, não me olhe assim. Babaca machista. Ela atirou as moedas nele e elas bateram no seu peito antes de caírem no chão enquanto ela destrancava a porta com um quadrado branco estranho e a batia às suas costas. Franzindo o cenho para aquela chave ridícula que ela usava, ouviu enquanto ela passava o trinco. Christophe esfregou a bochecha golpeada, já que não podia fazer nada além de encarar a porta que a separava dele.

Que peculiar. Era óbvio, pelo estado de nudez da mulher lá dentro, que aquele navio era algum tipo de bordel onde as mulheres tinham passe-livre com os seus filhos bastardos. Ele também tinha visto homens, obviamente clientes ou tripulação. Onde mais ele poderia estar? A outra explicação é que ele tinha morrido e agora estava em um inferno cheio de mulheres parcialmente vestidas que não o queriam em suas camas.

Não, as mulheres no convés o desejaram. A que ele desejava, não. Antes de ser forçado a se juntar à pirataria, as mulheres o adoravam. Não teve muito tempo para cortejar ou levar alguém para a cama no último ano, mas nas poucas ocasiões que fora um bordel, nunca tinha visto os falsos sorrisos relutantes que os outros homens normalmente recebiam. Ele não era um ogro horrendo que maltratava mulheres ou que ignorava os desejos delas, então o que tinha feito de errado naquela noite?

Christophe olhou ao redor e então estremeceu. Em um momento tinha caído em um redemoinho, e no seguinte se viu deitado no convés de um veleiro enorme, seco como um osso, com pessoas demais à sua volta, tochas sem fogo mais brilhantes que qualquer chama, e roupas e frases estranhas que o deixavam confuso. Ele tinha sido bombardeado com perguntas esquisitas e disparos luminosos de luz e mulheres animadas demais vestidas de forma semelhantes à sua tímida sedutora. Nada fazia sentido, mesmo quando se firmou no convés. Então ela colocou a mão nele.

O coração dele saltou uma batida no minuto em que reparou na beleza dela. O cabelo castanho-escuro emoldurava o rosto em formato de coração com os lábios mais beijáveis nos quais já tinha posto os olhos. O caos em volta deles tinha diminuído, borrando-se até virar nada. Tudo o que parecia errado naquele navio tinha fugido para o seu subconsciente e só ela pareceu ser importante. Conhecê-la, prová-la poderia se preocupar com suas estranhas circunstâncias outra hora, tinha ficado tão confuso, tão afoito, inferno, ele ainda estava. Talvez tivesse se enganado quanto à profissão dela, e a tinha ofendido por manchar a reputação dela.

Ele sequer sabia o nome dela.

Erguendo a mão, ele a colocou na porta, pensando em chamá-la para se desculpar por qualquer ofensa que ele, inadvertidamente, causou. Talvez tivesse sido audaz demais. A julgar pela reação e a linguagem corporal dela, ela estava nervosa, mas tinha sido afetada e não lhe faltou desejo.

Aquilo o deixava com um dilema, já que ele não conhecia ninguém a bordo, exceto ela. Sem ter outro lugar para ir, procurar pelo capitão seria seu próximo caminho para obter informação, mas como explicaria sua aparência? Como convenceria o homem de que não queria causar nenhum mal? Ele pegou as moedas e memorizou os números ao lado da porta da mulher. Ela o confundia, e Christophe gostava de resolver uma charada. Ele se desculparia pelo erro de julgamento e ganharia o carinho dela, ao menos pelo resto da viagem.

 Senhor, você não é membro do staff. Atrás dele, um homem em um uniforme branco imaculado o examinava da cabeça aos pés. Terei que pedir que o senhor tire a fantasia e pare de fingir que trabalha para a companhia de cruzeiro. Ele não parecia ameaçador, mas a voz soou autoritária. Essa pistola é de verdade? O homem se aproximou. Preciso que o senhor me acompanhe.

Christophe olhou mais uma vez para a porta fechada e deu de ombros. Não era como se ele tivesse algo melhor para fazer, e o homem parecia preocupado, justamente por encontrar um homem estranho e armado que não deveria estar ali, mas não era hostil, o que lhe surpreendeu. A arma não ter sido tomada dele só podia significar duas coisas: o navio não se deparava com violência normalmente ou nunca, ou eles eram crédulos demais. Precisando conseguir algumas respostas, Christophe fez sinal para ele ir na frente e o seguiu.

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