Danilo Clementoni - De Volta À Terra стр 3.

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Infelizmente tendo descoberto, pelo momento, apenas uma porção da parte superior, ainda não era capaz de determinar a altura do suposto recipiente. As incisões cuneiformes que cobriam toda a superfície visível da tampa não se assemelhavam a nada que já tivesse visto antes.

Para traduzir, levaria vários dias e muitas noites sem dormir.

Doutora.

Elisa levantou a cabeça, e com a mão direita logo acima dos olhos para protegê-los do sol, viu o seu ajudante Hisham se apressando em sua direção.

Doutora repetiu o homem uma chamada para você da base. Parece urgente.

Já vou. Obrigada Hisham.

Aproveitou a pausa forçada para beber um gole de água, já quase fervendo, do cantil que ela sempre levava preso ao cinto.

Uma chamada da base Só pode ser problema.

Levantou-se, deu uns tapas nas calças levantando várias nuvens de poeira e caminhou determinada para a tenda que servia de base de apoio para pesquisas.

Ela abriu o zíper que mantinha a tenda semifechada e entrou. Demorou um pouco para seus olhos se habituarem à mudança de luz, mas isso não a impediu de reconhecer, no monitor, o rosto do Coronel Jack Hudson, que severamente, olhava para o nada, esperando ela aparecer.

O Coronel era oficialmente responsável pela equipe estratégica antiterrorismo em Nassíria, mas a sua verdadeira tarefa era coordenar uma série de estudos científicos encomendados e controlados por um departamento enigmático: o ELSAD8 . Esse departamento era cercado pela aura de mistério que normalmente envolve esse tipo de corporação. Quase ninguém sabia exatamente os objetivos precisos e as metas dessa organização. Sabia-se apenas que o comando operacional reportava diretamente ao Presidente dos Estados Unidos.

No fundo, Elisa não se importava muito. A verdadeira razão pela qual ela tinha decidido aceitar a oferta de participar de uma das expedições era que, finalmente, poderia voltar para o lugar que mais amava no mundo, fazendo o trabalho que adorava e em que, apesar da sua idade relativamente jovem (trinta e oito), era uma das mais talentosas e importantes no setor.

Boa noite, Coronel disse ela, mostrando o seu melhor sorriso. A que eu devo esta honra?

Doutora Hunter, pare com essas pieguices. Sabe muito bem por que estou ligando. A autorização que foi concedida para completar o seu trabalho já expirou há dois dias e a senhora não pode mais ficar aí.

Sua voz era clara e firme. Desta vez, nem mesmo o seu charme inegável seria suficiente para arrancar um adiamento. Decidiu jogar sua última cartada.

Desde 23 de março de 2003, quando a coalizão liderada pelos Estados Unidos havia decidido invadir o Iraque, com o propósito expresso de depor o ditador Saddam Hussein, acusado de manter armas de destruição em massa (alegação que se revelou infundada depois) e de apoiar o terrorismo islâmico no Iraque, toda a pesquisa arqueológica, já muito difícil em tempos de paz, havia sofrido uma parada forçada. Foi apenas com o fim formal das hostilidades em 15 de Abril de 2003 que reanimou a esperança de arqueólogos de todo o mundo de poderem voltar aos lugares em que, presumivelmente, as civilizações mais antigas da história tinham se desenvolvido e em seguida, espalhado a cultura em todo o globo. A decisão das autoridades iraquianas no final de 2011 de reabrir as escavações de alguns dos locais com valor histórico inestimável, a fim de "continuar a aperfeiçoar a sua herança cultural" finalmente transformou a esperança em certeza. Sob a bandeira da ONU e com inúmeras autorizações assinadas previamente e confirmadas por um número incontável de "autoridades", vários grupos de pesquisadores, selecionados e supervisionados por funcionários competentes da comissão, poderiam operar por períodos limitados, nas áreas arqueológicas mais significativas do território iraquiano.

Caro Coronel disse ela, aproximando-se tanto quanto possível da webcam, de modo que seus olhos verdes-esmeralda pudessem obter o efeito que esperava: o senhor tem toda a razão.

Sabia bem que dar razão ao interlocutor, o teria preparado de forma mais positiva.

Mas agora que estamos tão perto.

Perto do quê? o Coronel gritou, levantando-se da cadeira e apoiando os punhos sobre a mesa. Há semanas que persistiu com a mesma história. Não estou disposto a confiar mais sem ver com os meus próprios olhos algo de concreto.

Se o senhor me der a honra da sua companhia esta noite no jantar, terei o maior prazer de lhe mostrar algo que irá fazê-lo mudar de ideia. O senhor aceita?

Os dentes brancos ostentavam um sorriso bonito e o passar de mão pelo cabelo louro e comprido fazia o resto. Ela tinha certeza que o tinha convencido.

O Coronel franziu o cenho, tentando manter um olhar furioso, mas sabia que não resistiria a essa proposta. Elisa fazia o seu tipo e um jantar tête-à-tête o intrigava muito.

Além do mais ele, apesar dos seus quarenta e oito anos, era ainda um homem atraente. Corpo atlético, traços marcantes, cabelos grisalhos curtos, olhar forte e decidido de um azul intenso, uma boa cultura geral que lhe permitia manter discussões sobre muitos temas, tudo combinado com o charme indiscutível do uniforme, fazia dele um exemplar do sexo masculino ainda muito interessante.

Ok bufou o Coronel mas se esta noite realmente não me mostrar algo de extraordinário, já pode começar a recolher toda a sua bugiganga e fazer as malas ele tentou usar o tom mais autoritário possível, mas sem muito sucesso.

Às vinte e zero horas esteja pronta. Um carro irá buscá-la no seu hotel e desligou, um pouco arrependido de não ter se despedido.

Raios, tenho que me apressar. Tenho poucas horas antes de escurecer.

Hisham gritou, espiando para fora da tenda. Reúna toda a equipe. Preciso de toda a ajuda possível.

Ela caminhou apressadamente os poucos metros que a separavam da área de escavação, deixando para trás uma série de pequenas nuvens de poeira. Em minutos, todos se reuniram ao seu redor, esperando por suas ordens.

Você, por favor, remova a areia daquele canto ordenou, indicando o lado da pedra mais longe dela. e você, ajude-o. Sugiro que tomem muito cuidado. Se é o que penso, esse objeto salvará a nossa pele.

Astronave Theos Órbita de Júpiter

O pequeno, mas extremamente confortável módulo esférico de transferência interna estava correndo a uma velocidade média de cerca de 10 m/s, o condutor número três, que levaria Azakis até a entrada do compartimento onde o seu companheiro Petri o esperava.

A Theos também tinha forma esférica e um diâmetro de noventa e seis metros, equipada com dezoito condutores tubulares, cada um com pouco mais de trezentos metros, como meridianos, construídos com dez graus de distância um do outro e cobrindo toda a circunferência. Cada um dos vinte e três níveis tinha quatro metros de altura, exceto o hangar central (décimo primeiro nível) que media o dobro; eram facilmente acessíveis graças às paradas que cada condutor fazia em cada andar. Na prática, para atravessar os dois pontos mais distantes da nave, levaria no máximo quinze segundos.

A freagem foi quase imperceptível. A porta se abriu com um leve chiado e atrás dela apareceu Petri, parado com as pernas abertas e os braços cruzados.

Há horas que espero disse num tom decididamente pouco convincente. Você já terminou de entupir os filtros de ar com aquela porcaria fedorenta que sempre carrega? a alusão ao charuto era ligeiramente velada.

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