Barboza Andreia - Na Cama Do Alfa стр 2.

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— Não tenho ideia do que você está falando. Não posso lhe dar informações que não tenho.

Tim vacilou por um momento e seus olhos se voltaram para a direita, dando um leve aceno de cabeça e endurecendo os ombros, esticando ainda mais o corpo.

— Você quer que a sua irmã morra? Nos dê a informação e tiraremos o feitiço. Continue com esta ignorância fingida e ela não viverá nem mais esta semana.

As garras explodiram da mão de Luke, prontas para rasgar a garganta desse filhote insolente.

— Está admitindo que foi você quem enfeitiçou a minha irmã?

Tim deu de ombros.

— São suas ações agora que decidem o destino dela.

Luke teve que conter a violência dentro de si. Matar essa bruxo não ajudaria em nada para resolver seu problema. Só iria piorar as coisas.

— Não é seguro que você vá até lá agora. O rio inundou, vou precisar tomar providências. — Um rio corria ao sul de seu território e chuvas excepcionalmente fortes haviam enchido as margens. Não havia poço na área, mas Luke esperava que o blefe lhe desse tempo.

— Você tem cinco dias. — Tim estalou os dedos e desapareceu, o ar tremeluzindo onde ele estava. O alfa mandou seus leões vasculharem a área, mas não havia sinal de bruxos. Era como se nunca tivessem estado ali.

2

Cassie não estava mais tendo convulsões. Isso era um progresso. Mel observou Krista cuidar da garota. A bruxa podia fazer milagres, mas contra um feitiço habilmente colocado e uma metamorfo recém-transformada que a havia ferido gravemente, ela estava tendo um pouco de dificuldade. Dois dias antes, Cassie havia mudado para sua forma de leão inesperadamente. Pior ainda, estava tão envolvida nisso que abriu um corte feio no braço de Krista. A ferida havia sido tratada e estava começando a cicatrizar, mas a constituição de uma bruxa não lidava bem com ferimentos graves. Por enquanto, Krista cuidava da garota quando tinha energia, mas nunca ficava sozinha com ela.

Com Luke e Maya caçando, Mel ficou de babá.

Ela ficou sentada lá por mais de uma hora em um silêncio quase confortável antes de uma comoção estourar, o som vindo da entrada.

— Parece que o alfa está de volta.

— Com certeza voltou. — Krista não olhou para Mel ao falar. Ela não sabia dizer se a raiva era devido à lesão ou pela história sobre a qual não estavam falando. Não sabia qual preferia que fosse.

Talvez Bob pudesse lhe contar, mas ele estava tentando rastrear quem tinha enfeitiçado Cassie. Ele tinha contatos que não compartilhava com as duas, mas iria buscar as informações. Isso já era alguma coisa.

Cassie soltou um miado patético e se virou para o lado, se enrolando em uma bola. Começou a tremer mais uma vez e o pelo brotou de seu braço forte e bronzeado. Krista recuou e deixou Mel assumir. Com uma mão agora experiente, ela segurou a algema que haviam prendido na parede e prendeu a jovem. Era degradante, uma coisa horrível de se fazer, mas Cassie concordava que era a única maneira de mantê-la segura, bem como a todos ao seu redor.

Mas a garota estava tão cansada da mudança quase constante nos últimos dois dias, que o tremor parou e ela caiu para trás, o pelo de seu braço recuando em sua pele, deixando a pele humana bronzeada em exibição. Os olhos castanhos da garota se abriram e ela deu um sorriso triste para Mel.

— Pelo menos não estou deixando de malhar.

Mel sorriu, mas não sabia como responder.

— Acho que ouvi seu irmão entrar — foi o que ela finalmente decidiu dizer. E isso pareceu animar a garota.

Cassie recuou até que pudesse se sentar contra a parede. Seus braços ainda estavam presos sobre a cabeça, mas ela não pediu para ser desamarrada. Mel não sabia se ela achava que iria se transformar de novo ou se simplesmente tinha se acostumado tanto com as algemas que nem as notou.

Maya entrou depois de alguns minutos, mas ainda não havia sinal de Luke. Mel soltou as restrições de Cassie e saiu em busca dele. Após procurar em todos os outros lugares do andar residencial, ela o encontrou em seu próprio quarto, sentado na cama com a cabeça apoiada nas mãos. Ela fechou a porta o mais silenciosamente que pôde, mas ele a ouviu e ergueu os olhos.

Por um momento, ele sorriu, embora seus olhos mantivessem as sombras que haviam se formado nos últimos dias. O sorriso desapareceu quando Mel não se moveu em sua direção. Ela se manteve quieta, forçando seus pés a não atravessarem o quarto para que ela pudesse abraçá-lo. Eles não tinham se tocado nos últimos dois dias e havia uma dor quase física com a falta de contato.

Mas ele não era seu companheiro.

Foi o comentário provocador de Bob que colocou o pensamento em sua cabeça quando eles estavam no México. E estava completamente errado. Ladras não se aliavam com alfas; nunca daria certo, não importava o quanto era bom beijá-lo e ser abraçada por ele. Como isso era impossível, ela não ia pensar a esse respeito. Roubo impossível era uma coisa – com planejamento estratégico e uma equipe sólida, ela conseguia quase tudo. Mas romance? Nunca.

Então Luke Torres não era seu companheiro e não havia nada que a fizesse dizer o contrário.

— Imagino que não foi bem? — ela perguntou.

Luke balançou a cabeça. Ele se moveu para um lado da cama para dar a ela espaço suficiente para se sentar, embora a cama fosse tão grande que o espaço não era um problema. Mesmo sabendo que não deveria, Mel cruzou o quarto e se sentou ao lado dele.

— Tão bem quanto poderia se esperar — Luke respondeu. — Ameaças, insultos e exigir o impossível.

— Qual era a demanda? — Mel relaxou a perna e deixou-a encostar em Luke. Não estava tecnicamente tocando-o, já que os dois estavam vestidos. Mas foi tão bom que ela não se afastou.

— Eu prefiro dizer a todos de uma vez. — Ele se levantou e interrompeu o minúsculo contato entre eles. Mel não ficou desapontada, nem um pouco. Ele foi até a mesinha de cabeceira e vasculhou a gaveta de cima.

— O que você está fazendo? — Ela não conseguiu evitar que o sorriso aparecesse nos cantos dos lábios.

Luke puxou uma pequena bolsa de veludo preto da gaveta e jogou para ela.

— Acho que você deveria ter isso de volta.

Sem nem mesmo colocar a mão na bolsa, Mel sabia o que era. Mas ainda assim a virou e deixou a pedra transparente suspensa em uma corrente de prata cair em sua mão. A pedra de vidência. A maldita coisa que começou essa confusão. Com isso, ela poderia rastrear a mulher que matou seus pais. Luke tinha roubado dela depois que ela roubou uma gema de berilo vermelha chamada Esmeralda Escarlate de seu cofre.

— Por quê? — ela perguntou. Cassie não estava melhor, a Esmeralda Escarlate há muito estava nas mãos de um comprador desconhecido. Tudo o que ela tinha feito por ou para Luke só piorou as coisas.

Luke fechou a gaveta.

— Fizemos um acordo. Você cumpriu sua parte no trato e sou um homem de palavra.

Se era esse o caso, por que parecia que ela tinha levado um soco no estômago? Mel tinha conseguido o que queria e poderia simplesmente sair pela porta agora e nunca mais olhar para trás. Mas isso parecia muito errado.

— Você está me dizendo para ir embora? — Se o trabalho estivesse concluído, por que ela ficaria?

Luke deixou sua pergunta pairar no ar por um momento.

— Não quero você aqui porque você espera um pagamento. Não quero esse tipo de obrigação entre nós.

Ela não podia reagir a isso, ela não sabia como. Em vez disso, Mel colocou a longa corrente em seu pescoço e deixou a pedra descansar debaixo de sua camisa bem entre os seios.

— Você não deveria manter minhas joias inestimáveis em seu cofre?

Luke sorriu.

— Você iria roubá-las se eu as deixasse em um lugar tão óbvio. — Ele caminhou até o pé da cama e colocou as mãos em cada lado dela. Mel não cedeu, ela nunca cederia seu espaço para um alfa. Mas tudo que Luke fez foi beijar rapidamente sua bochecha e se afastar.

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